Durante aviso prévio, profissionais devem compensar banco de horas? Atenção ao CONTRATO!
Entenda a resposta de advogados trabalhistas sobre o aviso prévio e descubra se empregados precisam compensar banco de horas nesse período
Muitos trabalhadores se perguntam se, durante o período de aviso prévio, precisam compensar as horas pendentes no banco de horas. Essa dúvida é comum, especialmente quando o contrato de trabalho prevê o uso dessa compensação de horas. Mas afinal, o que a lei diz sobre isso?
Advogados trabalhistas esclarecem se os profissionais que estão cumprindo essa regra precisam ou não compensar o banco de horas. Há importantes pontos legais que você deve conhecer.
Entenda como funciona a compensação de horas no período de aviso prévio e saiba o que o contrato pode exigir de você.
Tudo que é preciso saber sobre o aviso prévio
O aviso prévio é um direito fundamental dos trabalhadores brasileiros e desempenha um papel crucial na relação entre empregador e empregado.
Quando há rescisão do contrato de trabalho, tanto pelo empregador quanto pelo empregado, é necessário fornecer um aviso prévio, que pode ser de 30 dias, salvo condições especiais previstas na legislação.
Esse período é essencial para que ambas as partes se ajustem à mudança iminente e planejem adequadamente os próximos passos.
Para o trabalhador, o aviso prévio é uma oportunidade para buscar um novo emprego sem a pressão de uma rescisão imediata. Durante esse período, o funcionário pode usar o tempo para se adaptar à nova situação, procurar novas oportunidades e até mesmo concluir projetos pendentes.
Além disso, o aviso prévio garante que o empregado receba o pagamento correspondente ao período trabalhado antes da saída, o que é um alívio financeiro importante.
Saiba mais: Mudança TOTAL no regime CLT: confira as NOVAS regras para trabalhadores e empregadores em 2024
Empregados devem cumprir banco de horas nesse período?
Do lado do empregador, o aviso prévio oferece a chance de ajustar a equipe e os processos internos antes da saída do funcionário. Esse tempo adicional pode servir para buscar um substituto, redistribuir as responsabilidades e minimizar o efeito da saída na operação da empresa.
Dessa forma, o aviso prévio contribui para uma transição mais suave e menos prejudicial para ambos os lados. Caso a regra não se cumpra, a parte que descumprir pode enfrentar penalidades.
Se o empregador não conceder o aviso prévio, ele deve pagar ao trabalhador o valor correspondente ao período, enquanto o funcionário que não cumprir o aviso pode ter uma dedução em sua rescisão.
Já em relação ao banco de horas que o empregado deve cumprir durante esse aviso, a jurisprudência majoritária entende que exigir isso do funcionário pode prejudicá-lo no período de transição para uma nova oportunidade no mercado de trabalho.
Independentemente do empregado ser demitido ou pedir demissão, não é recomendado que a empresa exija o cumprimento do banco de horas durante o aviso prévio. Isso porque é uma fase de transição, e a empresa ainda pode acabar pagando por horas extras e indenização por danos morais.
Veja também: Na ponta da língua: confira as 7 perguntas mais comuns em entrevistas de emprego para chegar PREPARADO