Azul pode cancelar voos para economizar em combustível
A situação da Azul está se tornando cada vez mais complicada. A companhia aérea já tinha que lidar com uma redução em sua frota e agora enfrenta um desafio sério relacionado ao abastecimento de combustível.
Recentemente, a Raízen, responsável por fornecer cerca de 68% do combustível para a Azul, notificou a empresa sobre um possível não cumprimento de pagamento. Essa comunicação, enviada no dia 18 de junho, deu um prazo de três dias úteis para que a companhia resolvesse a situação, sob pena de ativar o “Stop Supply”, que interrompe o fornecimento de combustível.
Diante desse cenário, a Azul, que está em recuperação judicial nos Estados Unidos, recorreu à corte americana para reverter essa decisão. A companhia argumenta que a suspensão do fornecimento de combustível poderia ter um impacto severo, prejudicando ainda mais sua já delicada situação financeira.
Azul aponta violação na recuperação judicial
Nos documentos que apresentou ao tribunal, a Azul mencionou que a Vórtx, o agente fiduciário da 12ª emissão de debêntures da companhia, teria agido de maneira “ilegal” ao notificar a Raízen. Segundo a Azul, essa notificação não levou em consideração o processo de recuperação judicial que está em andamento, colocando em risco a chance de a empresa se reerguer.
A Azul deixou claro em seu pedido à corte que “a ação do agente fiduciário representa uma violação dos termos da recuperação judicial e compromete severamente a capacidade da Azul de se reorganizar de forma bem-sucedida”.
Impacto na malha aérea nacional
Esse problema com o combustível pode afetar milhares de passageiros. Isso significa que podemos ter atrasos, reprogramações e até cancelamentos de voos. E, claro, isso só piora a situação financeira da Azul, que poderia levar a uma paralisação parcial ou até mesmo à falência.
Esses problemas não afetam apenas a Azul; eles têm o potencial de causar sérios desequilíbrios na malha aérea nacional. Podemos esperar aumento nos preços das passagens, sobrecarga em outras companhias aéreas e prejuízos logísticos em aeroportos menores. É uma situação que, para muitos, pode parecer distante, mas que, na verdade, toca a vida de muita gente.