Automedicação: quais são os riscos de manter essa prática?

Muitas pessoas tomam remédio sem consultar um médico. Veja o que pode acontecer e por que isso traz mais riscos do que parece.

Nem sempre é fácil ir ao médico quando surgem dores ou desconfortos no corpo. Muitas pessoas recorrem a remédios que já têm em casa ou compram na farmácia por conta própria. Essa prática é comum em diferentes regiões do Brasil e, na maioria das vezes, parece algo simples. Porém, usar medicamentos sem orientação médica pode trazer problemas sérios à saúde.

A automedicação costuma acontecer em situações corriqueiras. Um exemplo é aquela dor de cabeça que aparece no meio da tarde ou a azia depois de uma refeição pesada. Nesses casos, algumas pessoas tomam o que estiver mais fácil ou o que alguém da família indicou. Isso acontece porque há uma crença de que, se funcionou antes, vai funcionar de novo.

Apesar de parecer uma solução rápida, tomar medicamentos por conta própria pode causar mais mal do que bem. Isso acontece porque nem sempre o remédio certo está sendo usado. Em alguns casos, a pessoa só mascara um problema maior e deixa de procurar o diagnóstico correto. Isso pode piorar a situação com o tempo.

Evitar a automedicação é uma forma de cuidar da saúde com mais segurança. Buscar ajuda médica é importante até mesmo para os sintomas mais comuns. Além disso, o médico avalia se o tratamento precisa de remédio, qual é o mais adequado e qual é a dose correta. Essa é uma maneira de se proteger de complicações que poderiam ser evitadas.

Automedicação
Tomar remédio por conta própria parece prático. Entenda como essa decisão pode esconder problemas que só pioram com o tempo. (Foto: Jeane de Oliveira / pronatec.pro.br).

O que é Automedicação?

Automedicação é quando uma pessoa decide tomar remédio por conta própria, sem passar por uma consulta médica. Isso pode acontecer com medicamentos simples, como os usados para dor ou febre, mas também com outros mais fortes. Em muitos casos, as pessoas acreditam que já sabem o que têm e tomam o que acham melhor.

O hábito de se automedicar envolve várias situações. Às vezes, a pessoa toma um remédio antigo que sobrou em casa. Em outros casos, ela pesquisa na internet e escolhe o que parece funcionar. Também é comum seguir o conselho de um parente ou vizinho que teve sintomas parecidos. Todas essas atitudes fazem parte da automedicação.

Esse comportamento é arriscado porque cada corpo reage de um jeito. Um medicamento que ajudou alguém pode fazer mal a outra pessoa. Além disso, só o médico pode dizer se o sintoma é simples ou sinal de algo mais sério. Tomar a decisão errada pode atrasar o início do tratamento adequado.

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Por que as pessoas fazem Automedicação?

Automedicação
Dor de cabeça, azia e mais: quando se automedicar pode dar errado. (Foto: Jeane de Oliveira / pronatec.pro.br).

Um dos principais motivos é a dificuldade para acessar um atendimento médico. Em algumas regiões, há poucos postos de saúde ou demora para marcar consulta. Com isso, a pessoa opta por resolver o problema em casa, achando que está fazendo o melhor.

Outro fator é a facilidade para comprar remédios. Muitas farmácias vendem medicamentos sem exigir receita, o que permite que qualquer pessoa compre e use sem orientação. Isso também acontece porque muitos acreditam que já conhecem seus sintomas e não veem necessidade de ir ao médico.

A influência de familiares e amigos também é comum. Se alguém da família tomou um remédio e se sentiu melhor, logo indica para outro que esteja com os mesmos sintomas. Essa troca de experiências, embora pareça útil, pode levar a erros graves. Nem todo sintoma tem a mesma causa, e nem todo remédio serve para todos.

Quais os riscos da automedicação?

Entre os riscos mais comuns está a chance de reações alérgicas. Um remédio simples pode causar coceira, inchaço ou até algo mais grave. Muitas pessoas não sabem do que são alérgicas e só descobrem depois de se automedicar. Isso pode gerar sustos e até necessidade de atendimento de emergência.

Outro perigo está na dependência. Alguns medicamentos usados com frequência podem viciar o organismo, principalmente aqueles para dormir ou controlar ansiedade. Isso acontece quando a pessoa usa o remédio sem controle e passa a achar que não consegue mais viver sem ele.

A automedicação também atrasa o diagnóstico correto. Quando alguém toma um remédio e melhora por um tempo, pode pensar que está curada. Mas o problema de verdade pode continuar se desenvolvendo. Sem o diagnóstico certo, o tratamento é adiado e a doença pode piorar.

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O que os médicos alertam sobre a Automedicação?

Os médicos reforçam que cada organismo é único. Um mesmo sintoma pode ter diferentes causas e, por isso, precisa de avaliação profissional. Quando a pessoa toma o remédio por conta própria, está apenas escondendo um sinal de que algo não vai bem no corpo.

Outro alerta dos profissionais é sobre os efeitos colaterais. Mesmo os medicamentos mais comuns podem causar tontura, enjoo, dor de estômago ou outros incômodos. Além disso, há risco de interação entre remédios, principalmente quando a pessoa já faz outro tipo de tratamento.

Os médicos também lembram que, ao se automedicar, a pessoa perde a chance de cuidar da saúde de forma preventiva. Fazer consultas regulares ajuda a descobrir problemas logo no começo. Isso permite controlar doenças e manter uma vida mais saudável.

Como parar de se Automedicar?

A primeira atitude é mudar a forma de pensar sobre os sintomas. Em vez de procurar um remédio logo de início, o ideal é buscar uma avaliação médica. Isso garante mais segurança no tratamento e evita problemas maiores.

Também é importante organizar os remédios em casa. Deixe guardado apenas o que foi indicado por um profissional e evite guardar sobras de outros tratamentos. Ter acesso fácil a muitos medicamentos pode aumentar a vontade de tomar por conta própria.

Por fim, é preciso entender que cuidar da saúde é um compromisso diário. Buscar orientação médica não é exagero, é cuidado. Sempre que surgir uma dúvida ou um sintoma novo, procure um posto de saúde, uma unidade básica ou um médico de confiança. A automedicação pode parecer mais prática, mas traz riscos que podem ser evitados.

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