Em julho do ano passado, o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) lançou o 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública. O estudo trouxe à tona dados alarmantes sobre a violência no Brasil, destacando as cidades que figuram no topo do ranking das mais violentas do país.
No levantamento, a maioria dessas cidades está nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Vamos conferir os números que não só chamam a atenção, mas que também refletem uma realidade preocupante.
Santana (AP)
Santana, no Amapá, tem uma taxa de 92,9 mortes violentas por 100 mil habitantes. Essa cidade, que fica bem pertinho de Macapá, capital do estado, subiu da 31ª posição para o 1º lugar em apenas dois anos. Um salto impressionante e que revela muitos desafios na segurança local.
Camaçari (BA)
Camaçari, na Bahia, é conhecida como a “Cidade Industrial” por conta do Polo Industrial que abriga. No entanto, a situação não é nada fácil. A cidade, que é a quarta mais populosa do estado, tem 90,6 mortes violentas por 100 mil habitantes. Isso mostra que, apesar do progresso industrial, a violência ainda é uma realidade dura.
Jequié (BA)
Já em Jequié, também na Bahia, a situação é preocupante. Localizada entre a caatinga e a zona da mata, a cidade apresenta 84,4 mortes violentas por 100 mil habitantes. É uma área linda, mas que enfrenta muitos desafios sociais e de segurança.
Sorriso (MT)
Sorriso, no Mato Grosso, costuma ser a “Capital Nacional do Agronegócio” e é o maior produtor individual de soja no mundo. Contudo, a cidade não escapou do ranking e tem 77,7 mortes violentas por 100 mil habitantes. Uma combinação que faz a gente pensar sobre as complexidades do desenvolvimento econômico frente à segurança.
Simões Filho (BA)
Simões Filho, que fica coladinha em Salvador, apresenta uma taxa de 75,9 mortes violentas por 100 mil habitantes. Mesmo sendo um polo industrial, a cidade enfrenta graves problemas de violência, evidenciando a fragilidade dessa realidade.
Feira de Santana (BA)
Na Região Metropolitana de Feira de Santana, a cidade ocupa o espaço da sede da região e apresenta 74,5 mortes violentas por 100 mil habitantes. Apesar de sua importância econômica, a violência continua sendo um tema de discussão essencial.
Juazeiro (BA)
Juazeiro, conhecida como a “Terra das Carrancas”, não ficou muito atrás em termos de segurança, com 74,4 mortes violentas por 100 mil habitantes. Uma cidade rica em cultura, mas que também sonha com dias mais seguros.
Maranguape (CE)
Maranguape, no Ceará, que é berço de figuras históricas como a abolicionista Elvira Pinho, possui 74,2 mortes violentas por 100 mil habitantes. O encanto da história se encontra com a realidade dura da violência.
Macapá (AP)
A capital do Amapá, Macapá, conhecida por sua cultura e belezas naturais, registra 71,3 mortes violentas por 100 mil habitantes. Uma cidade que precisa de ações eficazes para enfrentar essa realidade delicada.
Eunápolis (BA)
Por fim, Eunápolis, localizada no extremo sul da Bahia, concluiu o top 10 do FBSP com 70,4 mortes violentas por 100 mil habitantes. Um cenário que requer atenção e mobilização da sociedade e do governo.
Essas estatísticas são mais do que números; são a representação de pessoas que enfrentam o dia a dia em cidades desafiadoras. E cada lar, cada história, clama por mais segurança e esperança.