Arlindo Cruz está em fase crítica, diz esposa

O cantor e compositor Arlindo Cruz, ícone do samba e do pagode moderno, enfrenta um momento delicado de saúde. Desde o dia 25 de março, o artista, de 66 anos, está internado e lidando com uma bactéria resistente. Essa situação é ainda mais preocupante, pois Arlindo já havia sofrido um Acidente Vascular Cerebral (AVC) em 2017, o que o afastou dos palcos e da vida que levava antes.

Sua esposa, Babi Cruz, compartilhou informações sobre o estado de saúde do sambista em várias ocasiões durante o mês de julho. Segundo ela, Arlindo tem estado cada vez mais “distante”, não respondendo a estímulos da mesma forma que fazia anteriormente. No livro “O Sambista Perfeito”, escrito por Marcos Salles, ela menciona que momentos simples, como Arlindo segurando um copo ou um biscoito, se tornaram memórias distantes. Babi ressaltou que agora ele está “bem dentro do mundinho dele”, vivendo um universo próprio longe do que costumava ser.

Apesar de sua condição, Babi afirma que Arlindo se mantém estável, com os sinais vitais preservados e equilibrados. No entanto, a luta contra a infecção se intensifica, à medida que ele utiliza antibióticos para combater a bactéria resistente. A família havia comemorado uma alta médica recente, mas não conseguiu concluir a instalação dos equipamentos necessários para sua recuperação em casa a tempo, resultando em uma leve piora em seu estado de saúde.

Babi, que tem demonstrado forte fé em uma recuperação, expressou sua esperança de que o cantor retorne para casa em breve. “Mais dias, menos dias, eu tenho fé que a gente tá voltando pra casa. Tudo é a hora determinada por Deus. Não é a hora que a gente quer”, disse ela, lembrando a força e a vontade de viver de Arlindo. Ele já enfrentou mais de 30 pneumonias ao longo de sua vida e, por isso, a esposa acredita que ele irá superar mais essa fase.

Arlindo Cruz é conhecido por composições clássicas como “O Show Tem Que Continuar” e “Meu Lugar”, e atuou como membro do famoso grupo Fundo de Quintal. Sua trajetória na música brasileira é marcada pela capacidade de transformar sentimentos de dor e alegria em canções que tocam a todos. A luta do sambista, tanto em sua carreira quanto em sua saúde, continua a ser um exemplo de resistência e força.