Aposentados do INSS já podem se preparar para o 13º salário? Confira o que vem por aí
Mudanças no calendário de pagamentos, reajuste do salário mínimo e decisões políticas influenciam a liberação do abono anual em 2025
A proximidade do meio do ano reacende o debate sobre a liberação antecipada do 13º salário aos beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O assunto volta à pauta à medida que o governo busca alternativas para estimular o consumo e aliviar o orçamento de milhões de brasileiros.
Nos últimos anos, a antecipação se consolidou como prática recorrente. A medida foi adotada desde 2020 como forma de movimentar a economia e atender às demandas sociais agravadas por crises sucessivas. Em 2025, o cenário volta a exigir uma definição do Executivo.
Com mais de 39 milhões de aposentados e pensionistas em todo o país, qualquer decisão sobre o benefício tem efeitos significativos tanto na política fiscal quanto no cotidiano de milhões de famílias.

Governo discute janela para antecipar o 13º salário aos beneficiários
A possibilidade de antecipação do 13º salário do INSS em 2025 está sendo analisada pelo Ministério da Fazenda e pela equipe econômica. A confirmação final depende de aval do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, após tratativas com o Tesouro Nacional e a Previdência Social.
Segundo o secretário do Tesouro, Rogério Ceron, o governo avalia duas janelas principais para o pagamento em duas parcelas: entre abril e maio, ou entre maio e junho. A definição levará em conta o fluxo de caixa do governo e o cenário macroeconômico.
Essa discussão ganha força especialmente após o reajuste do salário mínimo, que impacta diretamente o valor do 13º para quem recebe o piso. O abono representa uma das principais fontes de renda extra anual para aposentados e pensionistas do INSS.
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Valor do benefício é ajustado com o novo piso nacional
Com o início de 2025, o novo valor do salário mínimo foi fixado em R$ 1.518,00, após reajuste de 7,5%. Esse aumento alterou diretamente o valor recebido pelos beneficiários que recebem o piso previdenciário, incluindo aposentadorias, pensões e auxílios.
Assim, o 13º salário dos segurados que recebem o valor mínimo também passa a ser proporcional a esse novo piso. Quem já acumulou 12 meses de recebimento do benefício, por exemplo, deverá ter direito a um abono de valor igual ao novo salário mínimo.
No caso de beneficiários que começaram a receber recentemente, o valor do 13º será proporcional ao número de meses de benefício acumulados ao longo do ano. O cálculo oficial divide o valor mensal por 12 e multiplica pelo número de meses recebidos.
Quem tem direito ao pagamento do 13º salário em 2025
O abono anual do INSS não se restringe apenas aos aposentados. Também têm direito ao 13º salário em 2025 os pensionistas e beneficiários dos seguintes auxílios: auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença), auxílio-acidente, pensão por morte e auxílio-reclusão.
Beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e da Renda Mensal Vitalícia não recebem o 13º salário, pois são assistenciais e não contributivos. O INSS esclarece essas informações em seus canais oficiais e reforça que os critérios são definidos em lei.
A confirmação dos direitos e valores pode ser consultada pelos beneficiários através do site (meu.inss.gov.br) ou aplicativo Meu INSS ou pelo telefone 135, que funciona de segunda a sábado.
Pagamento pode ocorrer em duas parcelas conforme modelo dos anos anteriores
A estrutura de pagamento do 13º salário segue o modelo tradicional de duas parcelas. A primeira corresponde a 50% do valor total e não tem descontos. Já a segunda parcela, paga posteriormente, pode sofrer descontos de Imposto de Renda para quem se enquadra na faixa de tributação.
Esse formato foi mantido nos últimos anos, inclusive nos casos de antecipação. Quando há adiantamento, a primeira parcela geralmente é liberada no mesmo mês dos benefícios regulares, respeitando o número final do cartão de pagamento.
As datas exatas do cronograma serão divulgadas oficialmente pelo INSS. O calendário deve seguir a ordem já conhecida dos repasses mensais, com início para quem tem cartão com final 1, exceto os terminados em 0, e sequência até os demais finais.
Repasses movimentam economia e influenciam consumo das famílias
A liberação do 13º salário para aposentados e pensionistas tem papel estratégico na economia brasileira. O pagamento simultâneo para milhões de pessoas injeta bilhões de reais no consumo interno, com reflexo direto no comércio, serviços e arrecadação de tributos.
Estudos da Confederação Nacional do Comércio – CNC (cnc.org.br) mostram que o abono é responsável por estimular as vendas no primeiro semestre, especialmente quando liberado antes do tradicional segundo semestre. Isso beneficia principalmente os setores de alimentação, vestuário e saúde.
Além disso, o dinheiro extra costuma ser usado para quitação de dívidas, compra de medicamentos e até investimentos de pequeno porte. Para parte expressiva dos beneficiários, o 13º representa uma chance de aliviar o orçamento ou garantir itens básicos.
Beneficiários devem acompanhar os canais oficiais para não perder informações
A decisão sobre a antecipação será divulgada nos próximos meses por meio dos canais oficiais do INSS e do Ministério da Previdência (gov.br/previdencia). Beneficiários devem ficar atentos às atualizações no site gov.br, site ou aplicativo Meu INSS e meios de comunicação confiáveis.
Qualquer mudança no calendário, valor ou critérios será informada com antecedência. É essencial evitar boatos ou conteúdos compartilhados em redes sociais que não tenham confirmação oficial. O INSS alerta que todos os dados podem ser conferidos pelo aplicativo ou pelo número 135.
Manter dados atualizados no CadÚnico e no Meu INSS também ajuda a garantir que os pagamentos ocorram sem intercorrências, evitando bloqueios ou atrasos por pendências cadastrais.