Alerta para PJs! Reforma muda regras de tributação – veja o que vai mudar no seu bolso
Nova estrutura tributária altera regimes do Simples Nacional, MEI, Lucro Presumido e Lucro Real, impactando diretamente a competitividade e os rendimentos dos PJs
A reforma tributária aprovada para 2025 promove mudanças profundas na estrutura fiscal brasileira, afetando diretamente profissionais que atuam como Pessoas Jurídicas (PJs).
Essa reestruturação traz novas regras de arrecadação e unifica tributos, alterando a forma como empresas e profissionais autônomos recolhem seus impostos.
Diante dessas mudanças, é fundamental que PJs compreendam as novas normas, avaliem o impacto financeiro e se preparem para essa transição. A adaptação a esse novo cenário pode determinar a manutenção da competitividade e a preservação da margem de lucro.

Reestruturação dos regimes de tributação muda arrecadação dos PJs
A reforma tributária promove alterações significativas nos regimes do Simples Nacional e do Microempreendedor Individual (MEI).
O Simples Nacional, criado em 2007, atende micro e pequenas empresas com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões, enquanto o MEI contempla profissionais com receita de até R$ 81 mil anuais.
Com a Emenda Constitucional 132 e a Lei Complementar 214, os regimes foram mantidos, mas a estrutura de arrecadação foi transformada. Impostos como PIS, Cofins, ICMS e ISS serão substituídos pela Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), de âmbito federal, e pelo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), compartilhado entre estados e municípios.
A transição para esse modelo será gradual, mas a mudança no formato de recolhimento exige atenção. A carga tributária promete se manter estável, mas a adaptação aos novos tributos demandará planejamento financeiro.
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Regime híbrido oferece nova opção de tributação para empresas
Uma das novidades da reforma é a possibilidade de empresas do Simples Nacional optarem por um regime híbrido de tributação. Nesse modelo, os impostos CBS e IBS serão recolhidos separadamente, fora do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS), adotando o sistema de débito e crédito.
Essa mudança permite o aproveitamento de créditos tributários gerados em operações de compra de bens e serviços. Para PJs, essa alternativa pode representar uma economia significativa, desde que haja uma análise criteriosa sobre a viabilidade dessa escolha.
Empresas que optarem pelo regime híbrido devem considerar não apenas a simplificação na apuração de tributos, mas também o impacto na formação de preços e na competitividade no mercado.
Profissionais do Lucro Presumido e Lucro Real enfrentam maior carga tributária
As mudanças também afetam PJs enquadrados nos regimes de Lucro Presumido e Lucro Real. Hoje, esses profissionais recolhem ISS, com alíquotas entre 2% e 5%, além de PIS/Cofins, variando entre 3,65% e 9,25%.
Com a reforma, essas alíquotas serão unificadas em 26,5%, mas será possível abater parte dos tributos pagos em operações de compra, reduzindo o impacto da nova carga tributária. Profissionais da área da saúde, como médicos e psicólogos, terão uma alíquota reduzida de 10,6%.
Essa mudança exige um planejamento mais cuidadoso para evitar perdas financeiras e garantir a manutenção da competitividade, especialmente para serviços que lidam diretamente com o consumidor final.
Lucro das empresas pode ser afetado pela nova estrutura de impostos
A cobrança dos tributos CBS e IBS “por fora” do preço dos serviços pode impactar diretamente a margem de lucro dos PJs. Caso os clientes não aceitem o repasse desses custos, profissionais podem ser forçados a absorver parte da nova carga tributária.
Setores como advocacia, mesmo com a previsão de redução de 30% sobre a alíquota padrão, ainda podem enfrentar aumento na carga fiscal. No Simples Nacional, a tributação de advogados hoje é de 9,22%, mas pode atingir 18,55% com a nova estrutura.
Esse cenário torna essencial a análise detalhada dos preços praticados e da estrutura de custos para manter a viabilidade do negócio.
Planejamento financeiro é essencial para a transição tributária
A preparação para a reforma tributária exige que PJs verifiquem se se enquadram nas hipóteses de redução das alíquotas do IBS e CBS. Também é necessário mapear gastos que poderão gerar créditos tributários, permitindo o abatimento dos valores pagos.
Empresas sem funcionários devem considerar o apoio de contadores especializados, especialmente para acompanhar a implementação das normas técnicas do novo sistema. A correta apuração dos tributos durante a transição evitará problemas fiscais e financeiros.
A reforma tributária de 2025 promove mudanças estruturais que impactam diretamente a forma como profissionais PJ administram suas obrigações fiscais. A adaptação eficiente a esse novo modelo será decisiva para manter a saúde financeira e a competitividade dos negócios.