Enquanto Detran aplica novas multas, agentes de trânsito deixam suas funções de lado em capital; vale para todas?
Papel dos agentes de trânsito é importantíssimo para o bom funcionamento das vias públicas, mas isso pode mudar a partir de agora
Alterações recentes no trânsito urbano sempre geram discussões, em especial quando envolvem transformações no modo de fiscalização. Agora, em uma capital brasileira, nova decisão promete alterar a rotina nas ruas, gerando preocupações quanto ao futuro da mobilidade.
Por décadas, os agentes de trânsito, conhecidos como amarelinhos, foram presença constante no dia a dia da cidade. Eles desempenharam um papel essencial na organização do tráfego, garantindo que motoristas e pedestres seguissem as normas estabelecidas.
Apesar disso, as novas diretrizes estão redefinindo a forma como a fiscalização será conduzida. Com a saída desses profissionais das ruas, outros órgãos assumirão as funções de fiscalização. Mas o que levou a essa mudança e como ela deve afetar a gestão do tráfego na cidade?
Por que agentes de trânsito deixaram as ruas de capital?
A decisão de retirar os agentes de trânsito das ruas está diretamente relacionada à necessidade de reorganizar os serviços da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran).
O déficit de profissionais, agravado pela ausência de novos concursos públicos desde 2010, tornou insustentável a manutenção das equipes em atividades externas.
Atualmente, os amarelinhos acumulam funções que vão além da fiscalização, como auditorias e apoio técnico. Por isso, a redistribuição dos agentes para atividades administrativas é uma forma de otimizar os recursos na cidade de Campo Grande.
Segundo informações apuradas, os profissionais atuarão em áreas diversas, como a capacitação de novos agentes e coordenação de operações de trânsito.
Enquanto isso, a fiscalização nas ruas passará a ser responsabilidade de outros órgãos, como a Guarda Civil Metropolitana e o Batalhão de Polícia Militar de Trânsito. Tais instituições já possuem convênios com a Agetran e receberam capacitação técnica específica para desempenhar suas novas atribuições.
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Como deve ficar a fiscalização sem os famosos amarelinhos?
Após a saída dos tais amarelinhos, os profissionais das instituições mencionadas acima passaram por treinamentos oferecidos pelo Conselho Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul. Os cursos prepararam guardas municipais e policiais militares para lidar com as demandas do tráfego urbano.
Além disso, o Departamento Estadual de Trânsito também está autorizado a atuar na fiscalização, graças a acordos firmados com a Agetran. Esta união entre diferentes forças é uma oportunidade de ampliar a presença de agentes nas ruas, oferecendo mais segurança para motoristas e pedestres.
Embora a mudança preocupe a população, especialistas acreditam que ela pode trazer benefícios a longo prazo. No entanto, muitos defendem a necessidade de novos concursos públicos para reforçar a categoria e garantir a continuidade do trabalho essencial realizado pelos agentes de trânsito.
Em suma, o futuro da fiscalização em Campo Grande está em transformação, e as próximas etapas dessa transição serão cruciais para determinar seu sucesso.
Por outro lado, o debate sobre a valorização e modernização da profissão de agente de trânsito segue em pauta, destacando a importância desses profissionais para a segurança das vias públicas.
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