Enem pode ser aplicado em todo o Mercosul a partir de 2026; entenda

Ao invés de manter o Enem como um exame brasileiro, o governo pode expandir a prova para todos os países do Mercosul

Os países do Mercosul formam um bloco regional que integra economias, culturas e políticas educacionais, o que fortalece trocas acadêmicas e amplia oportunidades de mobilidade entre estudantes. Além disso, essa integração promove cooperação constante e incentiva avanços em áreas estratégicas.

Isso inclui áreas como ensino superior, pesquisas e sistemas de avaliação. Nesse contexto, iniciativas compartilhadas ganham relevância porque aproximam realidades distintas e constroem caminhos comuns na educação.

Assim, a ampliação de programas e instrumentos avaliativos desperta interesse crescente e abre debates sobre seus possíveis impactos. Como o movimento regional avança, o Brasil busca fortalecer sua liderança no setor educacional e avalia novas possibilidades de colaboração.

Milhares de novas pessoas, de outros países, podem ter a chance de fazer Enem.
Milhares de novas pessoas, de outros países, podem ter a chance de fazer Enem. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / pronatec.pro.br

Enem pode ser expandido para países do Mercosul

O governo avalia a possibilidade de expandir o Enem para países do Mercosul porque reconhece a importância de ampliar o acesso a estudantes que vivem fora do Brasil. Camilo Santana afirmou que o Inep já iniciou estudos para viabilizar a aplicação internacional ainda em 2026.

Isso reforça o interesse em tornar a prova uma ferramenta regional. Além disso, o ministro destacou que a medida pode facilitar a vida de brasileiros residentes no exterior que desejam ingressar no ensino superior brasileiro sem viajar especificamente para isso.

A proposta também considera o interesse de estrangeiros que pretendem estudar no Brasil, o que amplia o alcance do exame e fortalece sua função como porta de entrada para universidades públicas e privadas. A decisão final dependa de análises técnicas.

Contudo, o Ministério da Educação trabalha para apresentar respostas nos primeiros meses de 2026 e garantir tempo adequado para inscrições. Desse modo, o Enem começa a se consolidar como um instrumento com potencial transnacional dentro do Mercosul.

Outra novidade anunciada envolve o uso do Enem como instrumento oficial de avaliação do ensino médio no país, substituindo o Saeb. O governo argumenta que os estudantes concentram seus esforços na preparação para o Enem e acabam dedicando menos atenção ao Saeb, o que distorce os resultados.

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Como essa expansão deve funcionar?

A expansão do Enem para outros países deve ocorrer por meio da aplicação presencial das provas em capitais específicas, o que permitirá participação organizada e segura. A proposta inicial inclui Argentina, Uruguai e Paraguai, que já mantêm relações estreitas com o Brasil na área educacional.

Além disso, essa aplicação internacional atenderá tanto brasileiros residentes no exterior quanto estrangeiros que desejam disputar vagas nas universidades brasileiras, o que fortalece a integração acadêmica do Mercosul.

A novidade também inclui mudanças na estrutura da prova, como o uso de testlets, que agrupam questões relacionadas a um único texto. Especialistas afirmam que esse formato privilegia interpretação e conhecimento aplicado, algo bem recebido pelos estudantes.

Muitos candidatos relataram que a experiência foi diferente e interessante, o que pode influenciar adaptações futuras. Como o Inep acompanha essa recepção, novas edições podem consolidar essa tendência.

Quais os países do Mercosul?

O Mercosul inclui Argentina, Uruguai, Paraguai e Brasil como membros plenos, o que permite cooperação direta em políticas educacionais. O bloco mantém acordos específicos para reconhecimento de estudos, mobilidade universitária e integração de sistemas de avaliação.

Assim, a possível chegada do Enem ao bloco se alinha a práticas já adotadas e fortalece iniciativas conjuntas. Com isso, estudantes da região ganham novas possibilidades de acesso ao ensino superior brasileiro de maneira regular e estruturada.

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Como o Enem funciona atualmente?

O Enem funciona como principal porta de entrada para universidades públicas por meio do Sisu e também auxilia inscrições no Prouni e no Fies, o que amplia o alcance da prova. Ele avalia conhecimentos de Linguagens, Ciências Humanas, Ciências da Natureza e Matemática, além da redação.

A edição de 2025 trouxe mudanças importantes em segurança, porque detectores de metais foram instalados em todas as salas desde o início da aplicação. Antes disso, o equipamento aparecia apenas durante circulação interna, como idas ao banheiro.

Essa medida reforça a integridade do exame e reduz riscos de fraude, o que garante maior credibilidade aos resultados finais. Assim, o governo busca consolidar normas de segurança que acompanham o crescimento do número de participantes.

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