Avanço da IA vai tornar 5 golpes comuns no futuro; veja quais

A IA surgiu para facilitar a vida das pessoas, mas isso inclui também os criminosos, que veem nela a oportunidade para aprofundar golpes

A inteligência artificial avançou de forma acelerada nos últimos anos e, com isso, transformou diversas áreas do cotidiano, desde a automação doméstica até a criação de conteúdos complexos. Esse avanço ampliou a produtividade, otimizou serviços e abriu oportunidades inéditas em vários setores.

No entanto, enquanto empresas e governos investem em tecnologias inovadoras, criminosos também exploram essas ferramentas para criar métodos mais sofisticados de ataque. A combinação entre engenharia social, automação e ferramentas inteligentes vem moldando um cenário digital arrriscado.

Portanto, entender esse movimento se torna essencial, especialmente porque golpes apoiados por IA tendem a crescer rapidamente em alcance, precisão e impacto. Assim, o usuário precisa acompanhar essas mudanças para se proteger adequadamente.

Tome cuidado com estes golpes com uso de IA, que estão cada vez mais comiuns,
Tome cuidado com estes golpes com uso de IA, que estão cada vez mais comuns. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / pronatec.pro.br

5 golpes que podem ficar comuns com a chegada da IA

A chegada de sistemas cada vez mais avançados impulsiona fraudes muito mais convincentes, automatizadas e personalizadas. Por isso, diversos tipos de golpes já evoluem e ganham novas camadas de complexidade, ampliando o alcance dos criminosos e dificultando a identificação das vítimas.

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Fraudes de investimento impulsionadas por IA

As fraudes de investimento ganham força com técnicas de engenharia social combinadas a deepfakes de vídeo e voz. Criminosos usam IA para simular executivos, especialistas ou influenciadores financeiros e convencer vítimas a enviar valores para “corretoras falsas” ou plataformas fraudulentas.

Esse tipo de golpe cresce porque a IA permite personalização extrema das abordagens, tornando as conversas mais convincentes e adaptadas ao perfil emocional da vítima. Além disso, criminosos usam dados vazados para criar argumentos ainda mais persuasivos, o que torna o risco maior em 2026.

Carding com Apple Pay e Google Wallet

O carding retorna com força ao explorar pagamentos por aproximação. Criminosos convertem cartões roubados em carteiras digitais como Apple Pay e Google Wallet, realizando transações sem precisar do cartão físico.

Essa técnica se torna mais perigosa porque usa ataques relay NFC que ampliam o alcance e permitem compras remotas. A IA aumenta ainda mais esse risco porque automatiza parte da operação e cria sistemas capazes de testar cartões de forma rápida e silenciosa em milhares de terminais.

Roubo de biometria para fraudes de identidade

Com bancos e fintechs adotando biometria facial e digital, criminosos passaram a coletar selfies, vídeos e padrões de comportamento por meio de malwares avançados. Esses ataques usam IA para imitar movimentos humanos e evitar detecções.

Assim, dados biométricos roubados permitem a criação de identidades sintéticas, que burlam cadastros e abrem contas falsas. O impacto tende a aumentar, porque essas informações não podem ser trocadas como senhas, o que gera riscos permanentes para as vítimas.

Agentes autônomos que executam golpes de ponta a ponta

A IA também permite que criminosos criem agentes autônomos capazes de realizar golpes inteiros sem intervenção humana. Esses agentes executam phishing, analisam respostas, invadem contas, testam cartões e completam cadastros fraudulentos automaticamente.

Essa automação transforma cada criminoso em uma operação inteira. Por isso, especialistas alertam que 2026 deve marcar o avanço dessas fraudes autônomas, que usam navegadores múltiplos, emuladores e contas falsas em larga escala.

Deepfakes para manipular vítimas em tempo real

Com a popularização dos deepfakes, criminosos produzem vídeos e áudios realistas que imitam familiares, chefes e funcionários de instituições. Esse golpe cresce porque a IA reduz custos e aumenta a qualidade das montagens.

Assim, as vítimas acreditam estar falando com alguém real e enviam dados, transferem valores ou realizam operações urgentes. A tendência aponta para deepfakes ao vivo, com interação instantânea durante chamadas de vídeo.

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Como se proteger de golpes com IA?

Para reduzir riscos, você pode adotar medidas simples, mas extremamente eficazes no ambiente digital:

  • Desconfie de mensagens urgentes, especialmente quando envolvem transferências, códigos ou pedidos fora do comum.
  • Evite clicar em links desconhecidos, conferindo sempre o endereço oficial antes de realizar qualquer ação.
  • Use autenticação em dois fatores, preferindo chaves físicas ou aplicativos, e evite SMS quando possível.
  • Monitore suas contas financeiras para identificar transações suspeitas rapidamente e agir antes que o prejuízo aumente.
  • Atualize seus dispositivos com frequência, garantindo que malwares conhecidos tenham menos chances de explorarem falhas.

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