Novas regras da prova de vida do INSS: veja o que muda e como fazer

A prova de vida do INSS passou por alterações e é importante que os beneficiários acompanhem para não perderem benefícios

A prova de vida é um dos procedimentos mais importantes para quem recebe aposentadoria, pensão ou benefícios de longa duração do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Essa etapa tem o objetivo de confirmar que o beneficiário continua vivo.

Isso acaba garantindo que os pagamentos cheguem apenas às pessoas que realmente têm direito. Além de prevenir fraudes, a prova de vida mantém os cadastros atualizados e evita suspensões indevidas. Com o avanço da tecnologia e a integração de dados entre órgãos públicos, o processo se tornou mais prático.

Em 2025, o INSS mantém a obrigatoriedade da comprovação, mas amplia os mecanismos automáticos de verificação, permitindo que a maioria dos segurados não precise sair de casa para realizar o procedimento.

Se você ainda não fez a prova de vida, veja como realizar.
Se você ainda não fez a prova de vida, veja como realizar. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / pronatec.pro.br

Mudanças na prova de vida do INSS

O INSS confirmou que, em 2025, mais de 37 milhões de beneficiários precisarão realizar a prova de vida anual. No entanto, o modelo atual é muito mais simples do que o de anos anteriores, pois utiliza o cruzamento automático de dados para comprovar a vitalidade dos segurados.

Esse sistema moderno dispensará o deslocamento de cerca de 94% dos beneficiários, tornando o processo quase totalmente digital. A atualização dos registros acontecerá por meio da verificação de informações em bases governamentais.

Isso inclui órgãos como a Receita Federal, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e os cartórios de registro civil. Assim, o cidadão não precisa comparecer presencialmente ao banco ou à agência do INSS, a menos que receba uma notificação específica.

A modernização da prova de vida também inclui o uso de reconhecimento facial e biometria digital, acessíveis pelos aplicativos Meu INSS e Gov.br. Quem já possui cadastro biométrico no TSE ou no Detran poderá concluir a comprovação com apenas alguns cliques no celular.

Basta fazer login com o CPF, permitir o acesso à câmera e seguir as instruções na tela. Essa ferramenta, que reconhece o rosto do segurado, é especialmente útil para idosos e pessoas que vivem em locais de difícil acesso, reduzindo filas e deslocamentos.

Outra mudança importante é a integração com ações do cotidiano. Isso significa que, ao votar nas eleições, renovar a CNH com biometria, tirar passaporte, acessar serviços do SUS ou atualizar informações no CadÚnico, o sistema reconhece essas atividades como prova de vida.

Ou seja, diversas ações já realizadas pelo beneficiário contam automaticamente como comprovação, sem necessidade de agendamento. Essa modernização reforça a segurança do processo e garante que os pagamentos ocorram de forma contínua e sem interrupções indevidas.

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Como realizar a prova de vida?

Os segurados podem realizar a prova de vida de várias formas, conforme a disponibilidade e o tipo de cadastro. O método mais simples é o automático, feito por meio de cruzamento de informações entre os bancos de dados oficiais.

Quem tiver biometria registrada no Detran, no TSE ou em instituições financeiras provavelmente já estará com a comprovação validada. Para quem preferir fazer o processo manualmente, é possível realizar o reconhecimento facial pelo aplicativo Gov.br ou agendar atendimento presencial no Meu INSS.

Além disso, bancos como a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil oferecem terminais de autoatendimento e guichês com coleta biométrica, garantindo acessibilidade para quem não tem acesso à internet.

O processo é rápido e seguro. Em 2024, o INSS registrou mais de 34 milhões de comprovações automáticas por meio da biometria bancária, demonstrando a eficiência do sistema. Para os beneficiários acamados, o instituto também oferece visitas domiciliares mediante procuração devidamente registrada.

Já aqueles que moram no exterior podem realizar a prova de vida pelo Meu INSS Internacional ou em consulados brasileiros. Essa ampla rede de opções garante que nenhum beneficiário fique sem acesso ao serviço, independentemente da sua localização.

O que acontece se não fizer?

Durante a fase de transição, o INSS não realiza bloqueios automáticos dos benefícios. No entanto, quem for convocado e não regularizar a situação dentro do prazo pode ter o pagamento suspenso temporariamente.

A Portaria MPS nº 83, de 2025, prorroga a suspensão dos bloqueios até julho, permitindo ajustes e garantindo tempo para que todos se adaptem ao novo modelo. Após esse período, a falta da comprovação poderá gerar suspensão do benefício até a realização da prova.

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Como saber se preciso fazer a prova de vida?

O beneficiário pode consultar facilmente sua situação pelo aplicativo Meu INSS, na seção “Benefícios”. Lá, é possível verificar a data da última comprovação e identificar se há necessidade de nova atualização. Outra forma de confirmar é por meio da Central 135, que atende das 7h às 22h.

O sistema oferece informações atualizadas em tempo real e ajuda o segurado a evitar pendências que possam afetar o recebimento dos pagamentos. Além disso, notificações também são enviadas pelos extratos bancários e pelos aplicativos oficiais.

O cruzamento de dados do INSS com outros órgãos públicos facilita o controle e reduz a necessidade de intervenção manual. Quando o sistema identifica movimentações recentes do beneficiário, ele considera automaticamente a prova de vida como válida.

Cuidado com golpes

Durante esse processo, é fundamental redobrar a atenção. O INSS nunca solicita dados pessoais, bancários ou senhas por telefone, e-mail ou mensagem. Todos os avisos oficiais são feitos pelos canais Gov.br, Meu INSS ou correspondência física.

Golpistas aproveitam o período de atualização para aplicar fraudes, enviando links falsos ou pedindo informações sigilosas. Por isso, o segurado deve sempre desconfiar de comunicações suspeitas e evitar clicar em links desconhecidos.

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