Desemprego no Brasil cai para 5,6% e atinge menor nível da história
Número de brasileiros sem trabalho recua e mercado formal atinge recorde de contratados.
A taxa de desemprego no Brasil ficou em 5,6% até agosto, o menor índice já registrado desde o início da série histórica em 2012. O dado mostra uma melhora importante no mercado de trabalho, mesmo diante de um cenário econômico de desaceleração.
Esse resultado repete o patamar observado no trimestre até julho, mas confirma uma queda expressiva em relação ao início do ano. Em maio, o índice era de 6,2%. Comparado a agosto do ano passado, quando estava em 6,6%, a redução alcança mais de um ponto percentual.
Na prática, milhões de brasileiros voltaram a ter ocupação. O país tem hoje 6,08 milhões de pessoas desocupadas, o menor número já registrado na pesquisa. É uma queda de 9% em relação ao trimestre anterior e de 14,6% na comparação com 2024.
Além de mais empregos, também há sinais de melhoria nos salários. A renda média real chegou a R$ 3.488 no período analisado, frente aos R$ 3.457 anteriores, um crescimento de 0,9%.
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Emprego formal bate recorde
O destaque vem das vagas formais no setor privado. O número de trabalhadores com carteira assinada chegou a 39,1 milhões, um recorde histórico. O avanço foi de 0,4% em relação ao trimestre anterior. Já os postos sem carteira também cresceram, embora em ritmo parecido: alta de 0,5%.
Esse movimento muda o perfil das contratações. Em um mercado mais aquecido, os patrões precisam oferecer condições melhores, como dar preferência à formalização dos vínculos. Especialistas explicam que isso ajuda a garantir benefícios e mais estabilidade para os empregados.
Setores que puxaram as contratações
Boa parte do aumento do emprego no período se deve à área de educação, especialmente com contratações temporárias no ensino público fundamental e na pré-escola. Nesses casos, as vagas são geralmente sem carteira, mas ajudam a reduzir a desocupação no curto prazo.
O grupo de trabalhadores informais no setor público cresceu 5,5% frente ao trimestre terminado em maio e 0,8% em comparação com 2024.
Outro dado relevante é o ritmo de crescimento do número de ocupados em todo o país, que chegou a 102,4 milhões. Isso representa um aumento de 0,5% em relação ao trimestre anterior e 1,8% em um ano.
Um mercado de trabalho forte tem dois lados. Por um lado, mais pessoas contratadas e com renda em alta estimulam o consumo das famílias e dão fôlego à economia. Por outro, esse mesmo movimento pode dificultar o controle da inflação, principalmente nos serviços, que são fortemente afetados pela demanda interna.
De olho nessas pressões, o Banco Central optou por manter a Selic em 15% neste mês. A instituição afirmou que o cenário de incertezas exige cautela e que seguirá avaliando se a taxa atual basta para trazer a inflação de volta à meta.
O desemprego mais baixo da história
A combinação entre aumento do número de trabalhadores, salários maiores e recorde de empregos formais chega em um momento de transição da economia brasileira. O índice de 5,6% não apenas mostra melhora frente aos últimos meses, como também se consolida como a menor taxa de desemprego já registrada no país.