10 profissões em risco de desaparecer com o avanço da inteligência artificial
Estudo aponta que tarefas repetitivas serão as mais afetadas pela automação até 2045.
A inteligência artificial (IA) já deixou de ser apenas tema de ficção científica e passou a estar presente em várias áreas da nossa vida. No trabalho, seu impacto é cada vez mais evidente. No Brasil e no mundo, empresas já usam sistemas automatizados para realizar atividades que antes dependiam da ação humana.
Uma pesquisa recente mostrou que 3 em cada 4 pessoas utilizam a IA em tarefas do dia a dia profissional. Ao mesmo tempo, outra estimativa indica que até 30% dos empregos atuais podem ser automatizados, especialmente os que envolvem repetições e tarefas padronizadas.
Até 2045, quase metade das funções profissionais pode ser transformada. Isso não significa o fim do trabalho humano, mas revela a necessidade de adaptação. Quem exerce atividades mais mecânicas terá que buscar novas qualidades, como criatividade, análise crítica e flexibilidade, já que essas ainda são áreas em que a IA não consegue substituir totalmente as pessoas.
Profissões mais ameaçadas pela IA
Entre os empregos classificados como mais vulneráveis estão justamente aqueles com rotinas repetitivas e baseadas na coleta de dados, revisão de informações ou operação de sistemas.
Confira a lista de 10 profissões que especialistas apontam como as mais ameaçadas pela automação.
Analista de pesquisa de mercado
Profissionais dessa área passam horas coletando informações sobre o comportamento do consumidor e transformando dados em relatórios. Hoje, softwares com IA conseguem analisar milhões de registros em minutos, descobrindo padrões que levariam dias para um humano encontrar.
Programadores
Por mais irônico que pareça, até os próprios criadores da tecnologia podem ser substituídos. Ferramentas de IA já produzem códigos em poucos minutos, executando tarefas básicas de programação. Em setores de TI, funções de nível inicial estão entre as mais afetadas.
Técnicos de data entry
O antigo processo de digitar, organizar e atualizar bancos de dados já é feito com maior precisão por softwares. Recursos como o reconhecimento óptico de caracteres transformam documentos em informações digitais quase sem intervenção humana.
Assistentes jurídicos
Atividades como revisar contratos, pesquisar precedentes e organizar documentos são altamente repetitivas. Plataformas de IA jurídica, já em uso em escritórios internacionais, conseguem até redigir minutas complexas em questão de instantes.
Revisores de texto
Ferramentas modernas não revisam apenas ortografia, mas reestruturam frases, ajustam estilo e até adaptam conteúdos ao público-alvo. Isso reduz a demanda por revisores em tarefas mecânicas, embora a criatividade e a sensibilidade cultural ainda façam diferença.
Técnicos de pré-impressão
O setor gráfico também passa por mudanças. Sistemas digitais ajustam cores, configuram arquivos e preparam impressões automaticamente. A autopublicação digital ampliou ainda mais essa transformação, facilitando o trabalho direto de autores e designers.
Tradutores
Hoje, é possível conversar em vídeo com alguém de outro país e contar com tradução em tempo real. Os algoritmos já captam nuances de contexto e, com o aprendizado contínuo, tornam-se cada vez mais precisos. Isso ameaça tradutores que atuam apenas com textos práticos e de baixa complexidade.
Contadores
O registro e a análise de transações financeiras também estão em rápida automação. Softwares de contabilidade processam dados, detectam inconsistências e geram relatórios completos com agilidade, reduzindo funções mais tradicionais da área.
Leitores de medidores
A profissão de quem visita casas para registrar consumo de água, gás ou energia já tem os dias contados em muitos lugares. Os smart meters, medidores digitais, enviam as informações automaticamente às concessionárias, sem necessidade de visita presencial.
Operadores de pedágio
Quem dirige pelas rodovias já percebe mudanças: sistemas de identificação automática de placas e cobrança digital estão substituindo cabines de pedágio. Com a expansão dessa tecnologia, a presença de operadores deve se tornar cada vez menor.
Uma transição inevitável
As profissões em risco compartilham uma característica: tarefas repetitivas. A tendência é que a inteligência artificial assuma essas funções, enquanto o ser humano deve focar em atividades criativas, estratégicas e que exigem empatia.