Câmara aprova novo teto de R$ 150 mil para MEI em 2025 e amplia espaço para pequenos negócios crescerem
Aumento do limite de faturamento permite que microempreendedores ampliem atividades sem sair do regime simplificado.
O limite de faturamento do MEI (Microempreendedor Individual) vai quase dobrar em 2025. A Câmara aprovou a proposta que eleva o teto anual de R$ 81 mil para R$ 150 mil, medida que pode beneficiar milhões de trabalhadores autônomos em todo o Brasil.
A mudança promete aliviar a pressão sobre microempreendedores que já ultrapassavam o valor atual e seriam obrigados a migrar para o Simples Nacional, regime que exige uma carga tributária mais alta e maior burocracia.
Com o novo teto, esses profissionais ganham mais liberdade para crescer, vender sem restrições e ampliar seus negócios sem perder a simplicidade do MEI. Especialistas apontam que a medida corrige distorções antigas do regime, já que o limite não acompanhava a inflação e o aumento do custo de vida.
O que muda para o MEI
A principal diferença está no espaço para faturar mais sem sair do regime simplificado. Antes, muitos empreendedores precisavam segurar pedidos ou deixar de expandir para não ultrapassar o teto de R$ 81 mil.
Agora, com o limite de R$ 150 mil, será possível atender mais clientes, investir em estoque e até contratar funcionários com menos risco de sair do sistema. Setores como beleza, alimentação, transporte por aplicativo, e-commerce e tecnologia devem sentir de imediato o impacto positivo.
Benefícios do regime continuam os mesmos
Mesmo com a ampliação, as vantagens que fizeram o MEI se consolidar no Brasil seguem garantidas:
- Impostos fixos e reduzidos, pagos mensalmente de acordo com a atividade exercida.
- Cobertura previdenciária, incluindo aposentadoria, auxílio-doença e salário-maternidade.
- Linhas de crédito com juros menores, voltadas especialmente para pequenos negócios.
- Acesso a capacitações e consultorias, oferecidas por diversos programas de apoio ao empreendedor.
Além disso, uma ação paralela do governo promete ajudar empreendedores em atraso com o pagamento mensal. Um programa de renegociação de dívidas vai permitir que MEIs inadimplentes regularizem a situação e voltem a ter acesso pleno aos benefícios.
Caminho da proposta até a aprovação final
Apesar do avanço, a mudança ainda precisa seguir trâmite no Congresso e, depois, ser sancionada pela Presidência. Se confirmada, será uma das maiores alterações no MEI desde sua criação em 2008.
De acordo com especialistas, o reajuste traz mais fôlego aos pequenos negócios, já que muitos estavam prestes a migrar para regimes mais caros. Além disso, a proposta se alinha ao crescimento da economia e dá condições de formalização a milhares de trabalhadores que ainda atuam de maneira informal.
Impacto direto no dia a dia dos empreendedores
Com o novo teto, três grandes efeitos devem se destacar em 2025:
- Mais espaço para crescer sem burocracia, já que o microempreendedor poderá faturar quase o dobro e continuar no MEI.
- Redução real de impostos, com manutenção das alíquotas reduzidas apesar do aumento das receitas.
- Inclusão produtiva, estimulando trabalhadores autônomos a saírem da informalidade e se registrarem no regime.
Na prática, isso significa que um entregador por aplicativo, uma cabeleireira ou um vendedor online terão mais liberdade para expandir seus serviços sem receio de cair em um sistema mais complexo e custoso.
Um marco para o empreendedorismo brasileiro
Se confirmada em definitivo, a atualização do teto do MEI para R$ 150 mil pode marcar uma nova fase para milhões de autônomos e pequenos negócios no Brasil. Com mais folga para faturar, acesso a crédito e segurança previdenciária, o regime ganha força e ajuda a movimentar ainda mais a economia nacional.