Superfungo resistente representa risco a hospitais e pacientes
O Candidozyma auris, conhecido como um superfungo, está se espalhando pelos hospitais da Europa, e isso já acendeu um sinal de alerta entre as autoridades de saúde. Esta informação veio à tona através de um comunicado do Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC), feito no dia 11 de setembro de 2025.
Em 2023, foram registrados 1.346 casos relacionados ao superfungo, um aumento de 67% em relação ao ano anterior. Esse crescimento preocupante vem desde 2013, quando já se contavam mais de 4.000 casos na União Europeia e regiões próximas. Países como Alemanha, Espanha, Romênia, Itália e Grécia estão entre os mais afetados.
A preocupação por conta dos casos
O superfungo se destaca pela sua resistência e consegue manter-se nos ambientes hospitalares e nos materiais usados por profissionais da saúde. Esse cenário facilita sua disseminação, principalmente entre pacientes já com problemas de saúde, pois as taxas de mortalidade podem chegar a 60%. Por esse motivo, a detecção precoce é vital.
O ECDC recomenda que os hospitais adotem medidas rigorosas, como isolar os pacientes em quartos diferentes e manter uma higiene eficaz dos equipamentos. Infelizmente, apenas 17 dos 36 países listados pelo ECDC possuem protocolos eficazes para monitorar e garantir a segurança contra esse superfungo. Apenas 15 desses países implementaram medidas práticas para tentar conter sua propagação.
O Candidozyma auris foi identificado pela primeira vez no Japão, em 2009. Desde então, o ECDC enfatiza a importância de uma abordagem coordenada para combater esse fungo. As pesquisas sobre o tema são realizadas com regularidade desde 2018, com o objetivo de ajudar os países na gestão deste tipo de complicação.