Cientistas brasileiros desenvolvem remédio que reverte paralisia

Recentemente, uma descoberta bem interessante aconteceu no mundo da medicina. Cientistas criaram um remédio a partir de uma placenta humana e, com isso, extraíram uma proteína que pode fazer a diferença na recuperação de sistemas medulares. Isso é uma ótima notícia, não é mesmo?

Em São Paulo, foram apresentados os resultados desse estudo, que pode ser um grande avanço para o tratamento de lesões na medula espinhal. A proteína em questão se chama polilaminina e tem sido pesquisada por um bom tempo. A principal pesquisadora dessa iniciativa é Tatiana Coelho de Sampaio, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

O avanço necessário

Esse novo remédio age estimulando os neurônios, promovendo um rejuvenescimento real do sistema nervoso. Mais especificamente, ele ajuda a formar axônios, que são responsáveis por transmitir sinais elétricos pelo corpo. O mais impressionante é que tudo isso se dá na medula espinhal, algo que se acreditava ser impossível até pouco tempo atrás. Portanto, essa medicação traz uma nova esperança para quem passa por esse tipo de situação.

A descoberta foi uma colaboração com o laboratório Cristália, e os testes mostraram resultados bastante promissores. Entre os voluntários, destacamos o caso de Bruno Drummond de Freitas, um homem de 31 anos que ficou tetraplégico após um acidente. Ele recebeu a polilaminina apenas 24 horas depois do ocorrido e, em conversa com a Folha de S.Paulo, ele contou: “Em cinco meses, mais ou menos, eu já estava completamente recuperado. Tenho uma rotina normal, faço esportes e não passo mais por nenhum tipo de tratamento.”

Bruno começou a notar resultados, desde a movimentação dos dedos dos pés até a recuperação total em suas atividades. Para o G1, ele compartilhou: “Hoje em dia, consigo me movimentar inteiro, claro que com certas limitações… consigo levantar, andar, dançar, voar. Isso me garantiu minha independência.” Essas palavras trazem um alívio e uma dose de esperança para muitas pessoas.

Os testes não se limitaram aos humanos. Ratos e cães também participaram da pesquisa, demonstrando melhoras significativas, especialmente na marcha e agilidade. Em 2021, ao menos seis cães foram tratados com a polilaminina e, para a alegria dos pesquisadores, quatro deles recuperaram os movimentos. Isso gerou um artigo publicado em uma revista internacional, solidificando a importância dessa pesquisa.

Certamente, é um momento empolgante no campo da medicina e na busca por novas soluções para problemas que antes pareciam sem resposta.