engenheiros do WhatsApp têm acesso a mensagens enviadas

O WhatsApp é conhecido por oferecer uma série de ferramentas que prometem aumentar a privacidade e a segurança nas conversas, como a famosa criptografia de ponta a ponta. Por conta disso, muitos usuários consideram o aplicativo bem seguro. Mas uma nova polêmica surgiu quando um ex-diretor de segurança decidiu entrar com uma ação judicial, trazendo à tona alguns questionamentos sobre a confiabilidade da plataforma, que é gerida pela Meta.

Attaullah Baig, que trabalhou no WhatsApp entre 2021 e 2025, revelou que milhares de engenheiros teriam acesso livre aos dados dos usuários, sem que houvesse a devida supervisão. Ele teria identificado essa falha durante testes de segurança interna e, ao relatar o problema a superiores — incluindo o chefe do WhatsApp, Will Cathcart, e o CEO da Meta, Mark Zuckerberg — começou a enfrentar consequências negativas em seu desempenho, culminando em sua demissão, aparentemente, por “baixo desempenho”.

De acordo com o que foi publicado pelo jornal The New York Times, Baig acredita que tenha sido demitido em retaliação por ter alertado sobre essas questões. Agora, o caso está sendo analisado por um tribunal federal em San Francisco.

Risco discreto: ações de engenheiros do WhatsApp eram indetectáveis

Na denúncia, que possui cerca de 115 páginas, Baig surgiu com detalhes alarmantes. Ele afirmou que os engenheiros tinham a capacidade de “mover ou roubar dados dos usuários sem serem detectados ou registrados em auditorias”. Isso incluía informações pessoais, como contatos, fotos de perfil e até endereços IP, tudo acessível sem supervisão.

WhatsApp nega acusações

Diante da gravidade das alegações, a empresa do aplicativo se posicionou, reafirmando seu compromisso com a segurança. Os representantes do WhatsApp descreveram as denúncias de Baig como distorcidas.

Carl Woog, vice-presidente de comunicações da empresa, comentou que o caso segue um “script” conhecido, onde um ex-funcionário, após a demissão, lança acusações que podem não corresponder à realidade. Ele ainda reiterou que Baig foi dispensado por baixo desempenho e que outras lideranças confirmaram que suas entregas não estavam em linha com as expectativas.