Banco do Brasil cai após dados indicarem grave erro financeiro
As ações do Banco do Brasil sofreram uma queda de quase 7% hoje. Essa desvalorização ocorre após a divulgação de dados do Banco Central que revelaram que o banco teve um lucro de apenas R$ 500 milhões em maio. Esse resultado é bem menor que o registrado em abril, quando o lucro foi de R$ 1,7 bilhão, e representa uma redução de mais de 70% em relação ao lucro de R$ 3,4 bilhões obtido em maio do ano passado.
O mercado financeiro esperava que o Banco do Brasil conseguisse um lucro em torno de R$ 5 bilhões no segundo trimestre deste ano. Contudo, com o resultado atual, essa expectativa agora parece quase impossível. Para atingir essa meta, o banco precisaria lucrar R$ 3 bilhões apenas em julho, o que é um desafio, especialmente em um cenário que aponta para uma deterioração das tendências operacionais.
Analistas do setor comentam que a situação do crédito no agronegócio, um dos principais segmentos atendidos pelo banco, piorou ainda mais em junho. Essa deterioração sugere que os resultados do Banco do Brasil podem continuar a ser pressionados nos próximos meses. “O cenário indica que um resultado bem abaixo das expectativas é provável na divulgação do segundo trimestre”, afirmou um analista que acompanha a performance do banco.
Baseando-se nos resultados dos meses de abril e maio, há projeções que indicam um “run rate” para o trimestre de aproximadamente R$ 3,3 bilhões, o que significaria uma queda de 34% em relação ao que o mercado esperava, resultando em um retorno sobre o patrimônio (ROE) de apenas 8%.
Os resultados do segundo trimestre devem ser divulgados pelo Banco do Brasil em 14 de agosto. A queda das ações hoje se intensificou, trazendo um desdobramento de um tombo de 35% nas ações desde a divulgação dos resultados do primeiro trimestre, que também não atenderam às expectativas do mercado.
O volume de ações negociadas hoje chegou a R$ 1,6 bilhão, um número três vezes superior à média diária de R$ 580 milhões. As corretoras que mais venderam ações do banco foram JP Morgan, com uma venda líquida de 6,6 milhões de ações, e Bank of America, que vendeu 4,6 milhões.