Tarifas dos EUA: alívio para nações do Pacífico, aumento para outras
Os países da região do Pacífico continuam a enfrentar tarifas impostas pelos Estados Unidos, mas algumas dessas taxas foram reduzidas em relação às anunciadas anteriormente em abril. Na última semana, a Casa Branca confirmou que a tarifa “universal” para produtos que entram nos EUA permanecerá em 10%. Essa taxa será aplicada apenas aos países que têm superávit comercial com os Estados Unidos, ou seja, onde os EUA exportam mais do que importam.
A nova tarifa de 15% será aplicada a cerca de 40 países que estão em déficit comercial com os Estados Unidos. Por exemplo, as tarifas de Fiji caíram de 32% para 15%, e o ministério do Comércio de Fiji considerou essa redução uma boa notícia para seus exportadores, pois ajuda a manter a competitividade no mercado americano. O vice-primeiro-ministro e ministro do Comércio de Fiji, Manoa Kamikamica, destacou que, embora a diminuição das tarifas seja um avanço, ainda há um longo caminho a percorrer. Ele reforçou a intenção do país de negociar a redução adicional dessa tarifa.
A nova taxa reduzida começará a valer em 8 de agosto e se aplicará a todos os produtos de origem fijiana, exceto aqueles que estejam sujeitos a disposições específicas. Kamikamica reiterou o compromisso do governo em avançar nos diálogos com os EUA, com o objetivo de diminuir ainda mais as tarifas.
Além de Fiji, Vanuatu viu suas tarifas caírem de 22% para 15%, enquanto Nauru também teve sua taxa reduzida de 30% para 15%. Em contraste, Papua Nova Guiné enfrentou um aumento, com suas tarifas subindo de 10% para 15%. A Nova Zelândia também foi afetada, recebendo a taxa de 15%.
O primeiro-ministro da Nova Zelândia, Christopher Luxon, expressou descontentamento com a nova tarifa, que estava prevista para ser de 10%. Ele mencionou que o embaixador Vangelis Vitalis estava a caminho de Washington, e o ministro do Comércio, Todd McClay, deve visitar os EUA em breve. Apesar disso, Luxon afirmou que o governo “jogou bem” a situação e que os exportadores neozelandeses são adaptáveis, com uma demanda contínua por seus produtos globalmente.
Por outro lado, a oposição no país classificou a nova tarifa de 15% como um “tapa na cara” para os exportadores, refletindo a insatisfação com os resultados da negociação.