A decisão do governo federal de aumentar o imposto de importação sobre veículos elétricos está trazendo grandes mudanças para o setor automobilístico. A nova alíquota começa em 10% em janeiro de 2024 e pode chegar a 35% em julho de 2026. Essa medida foi adotada pelo Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex-Camex) e tem como objetivo fortalecer a indústria nacional, reduzindo a dependência de veículos importados.
### Impacto no bolso dos brasileiros
Esse novo ajuste fiscal impacta diretamente o preço dos carros elétricos que, até então, contavam com uma isenção que tornava os valores mais atraentes. Com o aumento das taxas, os consumidores podem perceber uma elevação significativa nos preços desses veículos nos próximos anos, a menos que as montadoras consigam absorver parte do custo ou aumentem a produção local.
Atualmente, desde junho, a alíquota já está em 25%. Isso representa um desafio para quem está pensando em adquirir um veículo elétrico, já que a vantagem de preços acessíveis pode estar comprometida.
### Estratégia governamental
O objetivo por trás do aumento do imposto é apoiar a produção local. Com a crescente importação de veículos elétricos, especialmente de marcas chinesas, o governo quer estimular uma base de produção nacional mais sólida. Isso pode gerar novas oportunidades de emprego e fortalecer toda a cadeia produtiva.
Montadoras como BYD e GWM já estão investindo no Brasil, seguindo essa nova diretriz e se adaptando ao cenário. A ideia é que várias empresas se instalem por aqui, promovendo um ambiente competitivo e sustentável.
### Desafios e oportunidades para o mercado
As montadoras agora têm o desafio de se ajustar a esse novo cenário tributário. Aqueles que já têm operações no Brasil podem se proteger melhor dos efeitos do aumento. Para os que não possuem fábricas no país, a situação é mais complicada. Eles precisam repensar suas táticas de fabricação e distribuição para continuar competitivos.
O governo também está permitindo que empresas comecem a nacionalizar modelos gradualmente, dentro de um sistema de cotas de isenção até 2026. Essa medida pressiona ainda mais as montadoras a investirem em produção local.
A expectativa é que essas alterações possam, no longo prazo, tornar os carros elétricos nacionais mais acessíveis e sustentáveis. Contudo, essa transição dependerá de como cada montadora se adapta às novas exigências e da habilidade em lidar com os custos crescente.