Médico fala sobre riscos do diagnóstico de Bruce Willis: ‘Perda de memória’
Em julho deste ano, Emma Heming, esposa do ator Bruce Willis, fez uma postagem nas redes sociais que gerou grande repercussão. Ela abordou o diagnóstico de demência frontotemporal do ator, sugerindo que Bruce pode ter dificuldades para falar devido à doença.
No dia 3 de julho, Emma compartilhou em seu perfil no Instagram uma mensagem de apoio a dois ciclistas que estão pedalando pelos Estados Unidos com o objetivo de promover mudanças no tratamento da demência. Nesta publicação, ela imaginou o que Bruce diria sobre a campanha: “Espero que lembrem de se manter hidratados. Eu apoio. Mantenham-se fortes e seguros! Estou muito orgulhosa de vocês.”
Para entender melhor a situação, o neurologista Dr. Sergio Jordy explicou que a demência frontotemporal inclui uma condição chamada afasia primária progressiva. Essa condição causa degeneração em áreas do cérebro responsáveis pela linguagem, dificultando a formação de palavras e a articulação de frases. Com o tempo, as pessoas afetadas podem ter dificuldade em entender a linguagem e o significado das palavras.
Além dos problemas de fala, a demência frontotemporal pode provocar mudanças no comportamento e na personalidade da pessoa. Entre os sintomas, estão apatia, desinibição, perda de empatia e dificuldades em manter relações sociais. À medida que a doença avança, o paciente pode perder a memória autobiográfica e ter dificuldades com o reconhecimento de rostos e contextos, bem como noções de tempo e espaço.
O Dr. Jordy também destacou que a demência possui três variantes principais. A primeira, mais comum, é a variante comportamental, que pode levar a apatia e comportamentos inadequados. A segunda variante é a afasia primária progressiva, que impacta a linguagem, tornando difícil falar ou construir frases. A terceira variante é caracterizada por comprometimento motor, com sintomas semelhantes aos da doença de Parkinson.
O diagnóstico de Bruce Willis, que completou 70 anos recentemente, traz à tona a importância de compreender as nuances dessas condições e os desafios que elas impõem, tanto para os pacientes quanto para suas famílias.
