A Universidade Estadual do Colorado revisou suas previsões para a temporada de furacões deste ano, apresentando uma expectativa um pouco menor, mas ainda assim acima da média. De acordo com a nova previsão, serão 16 tempestades tropicais, das quais oito devem se tornar furacões e quatro alcançarão a categoria 3 ou superior. Essa atualização, divulgada recentemente, reduz em um o número de tempestades e de furacões em relação à previsão anterior, feita em junho.
Embora a nova estimativa tenha diminuído um pouco, ela ainda permanece acima da média dos últimos 30 anos, que indica a ocorrência, em média, de 12 tempestades e seis furacões por temporada. Em comparação, a temporada do ano passado registrou 18 tempestades, 11 furacões e cinco furacões de categoria 3 ou superior.
Um dos fatores que influenciaram a revisão das previsões é o aumento da cisalhamento do vento na região do Caribe. Desde o início de junho, essa condição tem estado mais prevalente, dificultando a formação e o fortalecimento de tempestades. O cisalhamento do vento atua desestabilizando as nuvens que formam os furacões, fazendo com que elas se deterioram e não consigam crescer verticalmente.
Os meteorologistas indicam que, embora previsões indiquem um cisalhamento do vento acima da média em julho, há esperança de que as condições fiquem mais favoráveis no mês seguinte, em agosto. Isso poderia permitir um aumento na formação de tempestades.
Outro fator a ser considerado é a condição neutra do fenômeno conhecido como El Niño, que deve prevalecer durante toda a temporada. Essa neutralidade significa que as temperaturas da água na região do Pacífico equatorial não estão nem mais quentes nem mais frias do que a média, o que pode impactar a atividade de furacões no Atlântico. Normalmente, condições neutras tendem a favorecer uma maior atividade ciclônica na região.
Os motivos principais para a previsão de uma temporada mais ativa do que o normal incluem temperaturas mais altas da água no Atlântico central e oriental, que ajudam a alimentar as tempestades tropicais. No entanto, os cientistas observaram que essas temperaturas estão abaixo das do ano passado, o que pode resultar em um número menor de tempestades.
A temporada de furacões do Atlântico, que vai de junho a novembro, é um período em que os meteorologistas e comunidades costeiras estão particularmente atentos, pois tempestades severas podem causar danos significativos. É importante que as populações em áreas de risco estejam preparadas e informadas sobre as previsões atualizadas.