Superman: a análise do reboot de James Gunn
Lançamento de Novo Filme do Superman: Expectativas e Realidade
O novo filme do Superman, dirigido por James Gunn, busca reviver o interesse pelo icônico herói, mas enfrenta desafios. Desde sua última aparição, o Superman ficou marcado por crises narrativas em "Batman vs Superman: A Origem da Justiça" e "Liga da Justiça". Muitos esperavam que Gunn trouxesse uma abordagem refrescante e emocionante para o personagem.
O filme inicia com um enredo complicado, que exige a introdução de uma nova origem e conceitos que podem confundir os espectadores. Isso gera uma sensação de cansaço, especialmente em um momento em que os filmes de super-heróis estão saturando o mercado. O Superman mais recente é retratado por David Corenswet, que traz uma interpretação que, para alguns, pode parecer sem vida.
A história começa com Superman intervindo em uma guerra entre dois países fictícios: Boravia e Jarhanpur. Boravia, que pode lembrar a Rússia, invade Jarhanpur, uma nação que pode remeter à Ucrânia. No entanto, a simplicidade da trama se perde em um mar de referências e complexidades desnecessárias. A motivação de Superman para ajudar esses países instiga perguntas, especialmente dadas as crises globais reais.
Além da guerra, o filme também explora a vida civil de Clark Kent, onde ele enfrenta dificuldades no relacionamento com Lois Lane, interpretada por Rachel Brosnahan. A dinâmica entre os dois é comparável a personagens de séries famosas, mas carece de autenticidade. Outros personagens, como o repórter Jimmy Olsen e o editor Perry White, desempenham papéis limitados na narrativa, o que reduz o impacto emocional da história.
Um dos principais antagonistas é Lex Luthor, interpretado por Nicholas Hoult, que tenta desestabilizar Superman de maneiras sutis. Ao longo do filme, segredos sobre os verdadeiros planos de seus pais, Jor-El e Lara, se tornam um ponto crucial, levando Superman a uma crise que Luthor explora para suas próprias vantagens.
Entretanto, a estrutura da história e a abordagem visual, repleta de efeitos digitais, geram uma sensação de repetição. O filme se encaixa em um padrão conhecido de catástrofes em cidades, onde a ação culmina em colapsos de edifícios gerados por CGI. Essa fórmula, que antes era emocionante, agora parece previsível e sem inovação.
O filme do Superman está programado para ser lançado em 10 de julho na Austrália e em 11 de julho no Reino Unido e nos Estados Unidos. As expectativas estão altas, mas resta saber se essa nova visão conseguirá reavivar o entusiasmo dos fãs pelo Homem de Aço.