Albert Einstein, o famoso físico que deixou sua marca no século 20, fez muito pela nossa compreensão do universo com suas teorias inovadoras. Mas, como todo mundo, ele também cometeu erros ao longo de sua trajetória científica. Esses deslizes não diminuem sua genialidade, mas nos ajudam a entender a complexidade das suas ideias e os desafios enfrentados por quem está na linha de frente da ciência.
### Buracos negros
Um dos erros mais interessantes de Einstein foi sua resistência à ideia dos buracos negros. Em 1916, o físico Karl Schwarzschild apresentou uma teoria que sugeria a existência de regiões no espaço com um campo gravitacional tão forte que nada, nem mesmo a luz, conseguiria escapar. Einstein olhou para essa proposta como uma curiosidade matemática e a descartou, acreditando que não tinha aplicação prática. Demorou várias décadas até que a existência dos buracos negros fosse aceita como um fato na comunidade científica.
### Constante cosmológica
Outro exemplo é a constante cosmológica, que Einstein criou em 1917. Ele fez isso para sustentar a ideia de um universo estático, que era a visão predominante na época. Porém, quando Edwin Hubble provou que o universo estava em expansão, essa constante foi vista como um erro. Curiosamente, com o tempo, a constante cosmológica fez uma volta por cima e voltou a ser considerada, especialmente no contexto da energia escura, que acelera essa expansão. Isso sugere que a visão de Einstein não era tão errada assim.
### Reconhecendo a expansão do universo
A descoberta de Hubble também fez Einstein reconsiderar outra crença: a ideia de que o universo era estático. Os dados mostraram que as galáxias estavam se afastando umas das outras, o que indicava que o universo realmente estava em expansão. Com isso, Einstein abandonou essa visão e reconheceu que a constante cosmológica que havia introduzido não fazia mais sentido.
### Incertezas na mecânica quântica
Einstein tinha suas reservas quanto à mecânica quântica, uma teoria que estava ganhando força na época. Sua famosa frase “Deus não joga dados” ilustra bem seu pensamento: ele se opunha à ideia de que a natureza era governada por probabilidades. Para ele, as leis da física deveriam ser deterministas e previsíveis. Apesar de suas objeções, suas contribuições foram fundamentais para o desenvolvimento dessa teoria, mostrando que mesmo suas resistências ajudaram a abrir caminhos para novas descobertas científicas.