A perda de memória e a desorientação são sinais bastante conhecidos de doenças como a demência e o Alzheimer, mas, normalmente, aparecem em idades mais avançadas. Recentemente, uma pesquisa da Universidade de Loughborough revelou uma novidade: os olhos podem ser uma pista importante para detectar essas condições antes mesmo que os sintomas clínicos se manifestem.
O estudo encontrou que exames oculares são capazes de detectar alterações que podem indicar o risco de desenvolvimento de Alzheimer. Essa descoberta abre caminho para o uso de novas tecnologias, como lentes intraoculares, que estão sendo aprimoradas para ajudar nesse processo de identificação precoce.
A situação é alarmante. Estima-se que cerca de 50 milhões de pessoas no mundo enfrentem o Alzheimer, sendo que 1,2 milhão apenas no Brasil. Diante desses números, identificar a doença mais cedo se torna fundamental. Um diagnóstico antecipado pode facilitar tratamentos mais eficazes e potencialmente impedir um aumento no número de casos.
Quais os sinais que os olhos podem revelar?
Com base em estudos recentes, é possível destacar alguns sinais que surgem nos olhos e podem indicar doenças como Alzheimer e demência:
- Redução da sensibilidade ao contraste: Essa condição pode dificultar a distinção de contornos e detalhes, especialmente em ambientes com pouca luz ou baixo contraste.
- Problemas na percepção de cores: Algumas pessoas podem ter dificuldades para distinguir cores, principalmente entre os tons de azul e verde.
- Dificuldade em avaliar a profundidade: A percepção de profundidade e distância pode estar prejudicada, tornando tarefas cotidianas, como dirigir ou subir escadas, mais complicadas.
- Olhar vago ou desorientado: Quem está enfrentando demência pode, em certos momentos, ter um olhar perdido, refletindo desorientação e dificuldades na interação visual.
- Lentidão na resposta visual: Reações visuais podem se tornar mais lentas, levando mais tempo para reconhecer formas ou movimentos.
- Alterações na retina: Exames oftalmológicos podem detectar alterações na retina, como áreas sem vascularização ou a presença de beta-amiloides, que são indicativos de Alzheimer.