Trem de R$ 15 bilhões pode revolucionar transporte em SP

Um projeto ferroviário muito interessante está em desenvolvimento, e ele promete mudar completamente como milhões de paulistas se deslocam entre a capital e o litoral sul. O Trem Intercidades (TIC) Eixo Sul está em fase avançada de estudos e, segundo informações do governo de São Paulo, a viagem entre São Paulo e a Baixada Santista poderá ser reduzida para apenas 90 minutos.

Esse projeto pode impactar diretamente cerca de 1,8 milhão de pessoas em nove cidades ao longo do trajeto. Os investimentos estimados são de R$ 15 bilhões, e a obra deve gerar aproximadamente 13 mil empregos durante sua execução. Esses números são realmente impressionantes; imagine o quanto isso pode contribuir para a economia local.

O impacto no trânsito e na economia paulista

Hoje, a principal ligação entre São Paulo e o litoral é feita pelas rodovias Anchieta e Imigrantes, que costumam ser um teste de paciência, especialmente em feriados. Com o TIC Eixo Sul, a expectativa é aliviar muito o trânsito. Esse trem tem tudo para substituir milhares de viagens de carro e ônibus, reduzindo o número de veículos que circulam nessas estradas congestionadas.

Além disso, essa iniciativa se encaixa no programa estadual SP nos Trilhos, que tem como meta expandir e modernizar a malha ferroviária em São Paulo, com mais de 40 projetos planejados e investimentos que ultrapassam R$ 190 bilhões.

O trem que conecta São Paulo à Baixada Santista em 90 minutos

O trajeto do trem deve variar entre 80 km e 130 km, dependendo do percurso final escolhido. A ideia é proporcionar uma experiência de viagem rápida e confortável, além de ter um impacto ambiental menor, atraindo aqueles que atualmente passam horas no trânsito ou optam por voos regionais.

A Secretaria de Parcerias em Investimentos (SPI) está liderando os estudos e, se tudo der certo, o TIC Eixo Sul poderá começar suas operações no final da década, com a conclusão dos estudos prevista para o primeiro semestre de 2027.

Dois caminhos para o trem intercidades

Atualmente, estão sendo avaliados dois possíveis trajetos para a implementação do TIC Eixo Sul. O primeiro parte da Linha 10-Turquesa da CPTM, seguindo até Rio Grande da Serra e depois utilizando uma linha ferroviária já existente até Paranapiacaba. Esse trecho contará com um sistema de cremalheira, que é uma tecnologia bem conhecida e segura para áreas com grandes declives.

A segunda opção prevê que o trem comece na zona sul de São Paulo, partindo da Rodovia dos Imigrantes ou da Linha 9-Esmeralda da CPTM. Ele seguiria por uma ferrovia antiga até a região de Parelheiros, avançando em direção à Baixada Santista.

Benefícios para a região e para o meio ambiente

Além de acelerar o tempo de deslocamento, o TIC Eixo Sul também será uma solução sustentável em comparação ao transporte rodoviário, ajudando a reduzir as emissões de gases poluentes. Essa nova conexão vai estimular a integração econômica e social entre São Paulo e a região litorânea, facilitando o turismo, o comércio e o acesso a novas oportunidades de trabalho.

Na construção do trem, espera-se criar cerca de 13 mil empregos, tanto diretos quanto indiretos, o que pode dar um gás na economia local, especialmente em áreas que enfrentam dificuldades.

Expansão ferroviária: o futuro do transporte em São Paulo

O TIC Eixo Sul é só uma parte do grande programa SP nos Trilhos, que planeja expandir a malha ferroviária paulista com mais de mil quilômetros de novos trilhos. Isso vai beneficiar não apenas a Região Metropolitana de São Paulo, mas também cidades do interior e do litoral.

Além disso, já está em estudo outra linha de trem intercidades que vai conectar São Paulo ao interior em até 1 hora. Se tudo der certo, isso poderá transformar a mobilidade na região e impulsionar o desenvolvimento econômico fora da capital.

Desafios para a implementação

Apesar do potencial incrível, o TIC Eixo Sul ainda enfrenta alguns desafios para se tornar realidade. É fundamental concluir os estudos de viabilidade, superar barreiras ambientais e garantir as licenças necessárias. Além disso, será essencial contar com parcerias público-privadas para garantir os investimentos de R$ 15 bilhões.

A complexidade técnica da descida da Serra do Mar, especialmente no trecho que usará o sistema de cremalheira, também exige soluções inovadoras para assegurar a segurança e o conforto dos passageiros.

O que muda para o cidadão comum?

Para quem usa o sistema, o trem promete ser uma alternativa prática e rápida, principalmente para aqueles que vivem nas cidades atendidas e que precisam se deslocar com frequência entre São Paulo e a Baixada Santista. A expectativa é que a viagem de 90 minutos se ajuste bem aos horários comerciais, tornando mais fácil o deslocamento para trabalho, estudo e lazer.

E o melhor: o transporte ferroviário tende a ter menos atrasos causados por congestionamentos, o que pode trazer muito mais previsibilidade para o dia a dia.

Perspectivas para o futuro do transporte em São Paulo

Com a finalização dos estudos prevista para 2027, especialistas estão atentos aos avanços do TIC Eixo Sul. Se o projeto for aprovado e implementado conforme o planejado, ele tem o potencial de ser um marco na mobilidade paulista, incentivando futuras iniciativas semelhantes e ajudando a amenizar os problemas históricos de transporte público no estado.