Renda dos profissionais que atuam por aplicativo no Brasil
Atualmente, no Brasil, há mais trabalhadores informais do que formais, com cerca de 38,9 milhões de pessoas nessa situação, segundo o IBGE. Um dado interessante é que, desse grupo, pelo menos 2,2 milhões atuam como motoristas e entregadores por meio de aplicativos. Esses números, coletados pelo Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), mostram como essa forma de trabalho tem se tornado uma importante fonte de renda em várias cidades do país.
Desde 2022, essa modalidade de emprego vem crescendo, e não é por acaso. Um dos principais fatores que leva as pessoas a adotarem o trabalho por aplicativo é a questão financeira. Os motoristas que trabalham com empresas como Uber e 99 conseguem ganhar entre R$ 3.083 e R$ 4.400 por mês. Já os entregadores do Ifood, Uber Eats e similares chegam a receber entre R$ 2.669 e R$ 3.581. Esses valores tornam essa alternativa bastante atrativa para muitos.
Pefil, flexibilidade e autonomia: motivos que atraem trabalhadores para os aplicativos
Além da questão salarial, há outros pontos que fazem o trabalho por aplicativo parecer mais vantajoso. Um deles é a acessibilidade. Os investimentos iniciais são baixos, e a maioria dos serviços não exige um alto nível de formalização. Muitas pessoas que têm apenas o ensino médio conseguem entrar nesse mercado.
Outro destaque dessa escolha é a autonomia que o trabalho oferece. Motoristas e entregadores têm a liberdade de decidir quando e onde querem trabalhar. Isso traz uma flexibilidade incrível, já que podem escolher seus próprios horários e determinar quanto tempo desejam dedicar a essa atividade por dia.
Apesar de desafios como a instabilidade financeira e a falta de benefícios, o mais curioso é que a maioria ainda está satisfeita com a opção. Segundo o Cebrap, cerca de 80% dos motoristas e 75% dos entregadores pretendem continuar trabalhando com aplicativos. Essa taxa de adesão reforça como essa forma de trabalho conquistou espaço e aceitação no cotidiano brasileiro.