Honda lança nova scooter com motor de 16 cv e chave presencial

A nova scooter da Honda, a PCX 160, não é só mais uma opção entre os scooters por aí. Ela vem se consolidando como a preferida dos brasileiros, não só por ser a mais vendida, mas também por se destacar entre as dez motocicletas mais populares do país. Na linha 2025, a Honda manteve a essência que a fez famosa, apostando em um motor moderno e em sua reputação sólida.

Entretanto, mesmo com números tão impressionantes, a PCX carrega consigo um lado paradoxal. Sua liderança no mercado vai de mãos dadas com as críticas dos proprietários, que frequentemente reclamam da suspensão e dos freios. O que realmente explica esse domínio? Seria a PCX um produto tecnicamente superior, ou isso se deve mais à força da marca Honda?

A líder em vendas: Os números da PCX 160 em 2025

Os dados de vendas falam por si. Em maio de 2025, a PCX emplacou 3.656 unidades, ocupando a oitava posição no ranking geral de motos do Brasil — um feito e tanto para uma scooter. Entre janeiro e outubro de 2024, as vendas da PCX chegaram a 48.295 unidades, mais que o dobro da segunda colocada, a Honda Elite 125. Para muitos brasileiros, a escolha é clara: a PCX é a scooter ideal.

O motor eSP+ de 16 cv e suas tecnologias

O coração da PCX 160 é seu motor eSP+, que entrega 16 cv de potência e 1,5 kgf.m de torque, uma referência na categoria. Esse motor tem um monocilíndrico de 156,9 cc, com refrigeração líquida e 4 válvulas. A tecnologia eSP+, que utiliza peças de menor atrito, proporciona mais eficiência e durabilidade ao veículo.

Além disso, a nova scooter da Honda vem cheia de conveniências. A começar pela chave presencial, que funciona como alarme, até a iluminação Full LED e um painel 100% digital. E o que dizer do espaço sob o assento? Com 30 litros, cabe até um capacete fechado e algumas outras coisinhas!

A suspensão dura e as queixas dos proprietários

Mas nem tudo são flores. A suspensão da PCX 160 é uma crítica recorrente entre os donos. Com garfo telescópico na frente e dois amortecedores atrás, o conjunto possui apenas 100 mm de curso. Muitos usuários a consideram "dura" e relatam que ela "bate seco" em buracos e irregularidades, o que não é nada incomum nas ruas brasileiras. Essa característica acaba prejudicando o conforto do piloto, sendo o principal ponto negativo mencionado sobre o modelo.

Outro detalhe que gera descontentamento é o sistema de freios. Mesmo na versão DLX topo de linha, o sistema ABS é de canal único, atuando só na roda dianteira. A roda traseira, que possui freio a disco, não tem essa tecnologia, o que pode ser considerado uma escolha de economia, deixando a PCX em desvantagem em comparação à Yamaha NMAX 160, que vem com ABS de duplo canal.

A nova scooter da Honda vale a pena?

Comprar uma PCX 160 em 2025 envolve pesar os prós e contras. Essa scooter é ideal para quem busca economia de combustível, ótimo desempenho e um alto valor de revenda. Contudo, quem optar pela PCX deve estar ciente de que a suspensão pode ser desconfortável em estradas esburacadas e o sistema de freios não é o mais completo que existe. Assim, a liderança da nova scooter da Honda parece refletir menos uma perfeição técnica e mais a força da marca e a confiabilidade que os consumidores percebem.