Aposentadoria INSS: confira como dar entrada no pedido e evitar erros

A solicitação da aposentadoria é um dos momentos mais aguardados na trajetória profissional do trabalhador brasileiro. Com as mudanças na legislação previdenciária nos últimos anos, especialmente após a Reforma da Previdência, compreender as etapas do processo passou a ser fundamental para evitar atrasos e garantir o acesso ao benefício de forma segura.

Em 2025, a maioria dos pedidos de aposentadoria são feitos online, por meio do portal (meu.inss.gov.br) ou aplicativo Meu INSS. Essa digitalização trouxe praticidade, mas também exige maior atenção às regras, documentos e prazos para não comprometer o resultado final.

Além da idade mínima e do tempo de contribuição, o segurado precisa estar atento às modalidades disponíveis, às regras de transição e à possibilidade de revisar ou complementar informações. Pequenos erros podem resultar na negativa do pedido ou na concessão de um valor inferior ao devido.

Quem pode se aposentar pelo INSS em 2025

Para se aposentar em 2025, o trabalhador precisa cumprir os requisitos mínimos estabelecidos pela legislação vigente, considerando tanto o tempo de contribuição quanto a idade. Com base nas regras da reforma da Previdência, os critérios gerais são os seguintes:

  • Homens: 65 anos de idade e 15 anos de contribuição
  • Mulheres: 62 anos de idade e 15 anos de contribuição

Além disso, há regras de transição para quem já estava no mercado de trabalho antes de 13 de novembro de 2019. Essas normas preveem alternativas como pontuação mínima, idade progressiva e pedágio de 50% ou 100% do tempo restante.

Trabalhadores com deficiência, pessoas que exerceram atividades insalubres ou perigosas e aqueles do meio rural também contam com exigências específicas, geralmente com idade ou tempo reduzidos.

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Documentos obrigatórios para pedir a aposentadoria

A documentação exigida para a solicitação da aposentadoria varia conforme o tipo de benefício. Contudo, alguns itens são indispensáveis para qualquer pedido:

  • Documento de identificação com foto (RG, CNH ou carteira de identidade profissional)
  • CPF
  • Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS)
  • CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais)
  • Comprovante de residência recente
  • Carnês de contribuição (para contribuintes individuais)

Para aposentadorias especiais ou por deficiência, serão exigidos documentos adicionais como PPP (Perfil Profissiográfico Previdenciário), laudos médicos e declarações específicas.

Documentos com informações inconsistentes ou ilegíveis são uma das principais causas de atraso ou negativa do benefício. Por isso, recomenda-se revisar todos os dados antes do envio.

Como dar entrada na aposentadoria pelo app ou site

O pedido pode ser realizado de forma online, por meio do site ou aplicativo Meu INSS. A plataforma foi criada para facilitar o acesso aos serviços da Previdência Social e evita a necessidade de deslocamento até uma agência física.

O passo a passo para realizar a solicitação é:

  1. Acesse o Meu INSS com login da conta gov.br
  2. Clique em “Novo Pedido”
  3. Busque por “aposentadoria” e selecione a opção desejada
  4. Atualize suas informações pessoais
  5. Anexe os documentos solicitados, conforme a categoria da aposentadoria
  6. Revise os dados do CNIS
  7. Finalize o pedido e aguarde a confirmação

Após o envio, o INSS envia um comprovante por e-mail ou SMS. O segurado também pode acompanhar o andamento do processo pela mesma plataforma.

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Prazos e etapas do processo após o envio do pedido

Segundo a legislação, o INSS tem até 45 dias para analisar o pedido de aposentadoria. No entanto, na prática, esse prazo pode variar dependendo da complexidade do caso, da demanda de requerimentos e da regularidade dos documentos.

Em 2024, um acordo firmado entre o INSS e o Ministério Público Federal determinou medidas para reduzir os atrasos nas análises. A intenção é garantir maior previsibilidade e agilidade na concessão dos benefícios.

Se o pedido for aprovado, o segurado passa a receber os valores a partir da data do requerimento. Em caso de atraso, o INSS é obrigado a pagar retroativamente os valores devidos desde a data da solicitação.

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Erros no CNIS e documentação incompleta estão entre os principais motivos de negativa do benefício – Crédito: Jeane de Oliveira / pronatec.pro.br

O que fazer se o pedido de aposentadoria for negado

Caso o INSS negue o pedido, o trabalhador pode solicitar uma reanálise administrativa do requerimento. O primeiro passo é consultar o motivo da negativa acessando o processo pelo Meu INSS.

Se houver falhas de documentação ou dados incorretos, é possível complementar o pedido com as informações corretas. Quando a negativa for considerada indevida, o segurado pode:

  • Apresentar recurso ao CRPS (Conselho de Recursos da Previdência Social)
  • Ingressar com ação judicial na Justiça Federal

Não é necessário aguardar o julgamento do recurso administrativo para mover uma ação judicial. O trabalhador pode buscar diretamente o Judiciário, especialmente se tiver provas robustas de que cumpre os requisitos para a aposentadoria.

Dicas para evitar erros que atrasam o benefício

Para evitar contratempos durante o processo de aposentadoria, é importante seguir algumas recomendações práticas:

  • Verificar previamente os dados no CNIS
  • Conferir se todos os vínculos empregatícios constam corretamente
  • Validar se as contribuições estão completas e sem pendências
  • Juntar todos os documentos exigidos, com atenção à legibilidade
  • Fazer a simulação no Meu INSS para avaliar as melhores regras

Pequenos detalhes, como erro de digitação no nome ou CPF, podem gerar grandes transtornos. Um planejamento previdenciário prévio pode reduzir significativamente as chances de negativa.

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Quando vale a pena procurar ajuda especializada

Embora não seja obrigatório, contar com um advogado especialista em Direito Previdenciário pode fazer diferença significativa. Esse profissional auxilia na escolha da regra mais vantajosa, na organização documental e na correção de eventuais falhas no histórico contributivo.

Situações mais complexas, como tempo de trabalho em atividade especial, vínculos sem registro, contribuições atrasadas ou períodos no exterior, exigem atenção redobrada e conhecimento técnico.

O especialista pode ainda representar o segurado em caso de negativa administrativa ou judicializar a concessão do benefício, garantindo que o valor recebido seja justo e correspondente ao direito adquirido.

A orientação profissional é especialmente indicada quando há dúvidas sobre o tipo de aposentadoria mais apropriado ou se há indícios de erro no cálculo do benefício apresentado pelo INSS.