Sedã elétrico da Xiaomi com 673 cv chega ao Brasil em 2026
Imagine uma gigante dos celulares decidindo, do nada, entrar no mundo dos automóveis. Isso mesmo! A Xiaomi lançou o sedã elétrico SU7, um passo audacioso que marca a primeira vez que uma grande marca de tecnologia cria e produz um carro sob sua própria bandeira. Durante anos, muitos especularam se a Apple seguiria esse caminho, mas agora é a vez da Xiaomi brilhar.
O SU7 foi lançado em março de 2024 na China e, logo de cara, virou um sucesso absoluto. Em apenas 24 horas, a demanda superou todas as expectativas e a produção do primeiro ano se esgotou. A estratégia agressiva da Xiaomi junta alta performance, tecnologia de ponta e um preço atraente. E já dá para imaginar: o Brasil está na mira para a expansão global da marca.
A aposta da gigante da tecnologia: a estratégia por trás do lançamento do SU7 em 2024
A estratégia da Xiaomi com o SU7 é bem clara: aplicar o que eles chamam de “manual de disrupção” da tecnologia no setor automotivo. A ideia é oferecer um carro com uma relação impressionante de performance e preço, pegando os consumidores de surpresa. Além disso, eles querem que o SU7 se conecte a um ecossistema de produtos que muitos já usam.
O lançamento foi estrondoso, com quase 89 mil pedidos logo nas primeiras 24 horas. Isso fez com que os prazos de entrega se estendessem para quase um ano em algumas versões. Para acompanhar a demanda crescente, a Xiaomi já elevou a meta de produção para 2025 para 350 mil unidades e, para isso, construiu uma fábrica de última geração em Pequim. O uso da técnica chamada ‘gigacasting’ (popularizada pela Tesla) permite que grandes partes do carro sejam moldadas como uma peça única, facilitando a produção e aumentando a rigidez do veículo.
A engenharia do SU7: a plataforma “Modena”, os motores “HyperEngine” e as baterias da BYD e CATL
O SU7 é construído sobre a plataforma “Modena”, desenvolvida pela própria Xiaomi para ser flexível e suportar diversas configurações de motores e baterias, com arquiteturas de 400V e 800V.
Os motores da Xiaomi, conhecidos como “HyperEngine”, são outro destaque. O modelo SU7 e o SU7 Pro têm um motor traseiro de 299 cv, enquanto o SU7 Max combina dois motores, oferecendo impressionantes 673 cv e uma aceleração de 0 a 100 km/h em apenas 2,78 segundos.
Quando falamos das baterias, a Xiaomi se destaca ainda mais. Eles trabalham com diversos fornecedores para oferecer o melhor custo-benefício em cada versão. O modelo básico conta com a bateria Blade da BYD, e as versões mais potentes utilizam as baterias Qilin da CATL, permitindo uma recarga super rápida que adiciona 510 km de autonomia em apenas 15 minutos.
O ecossistema “Human x Car x Home” e o sistema HyperOS
Um dos diferenciais do SU7 vai além da sua mecânica: é o seu “cérebro”. O carro integra um ecossistema chamado “Human x Car x Home”, onde tudo se conecta através do sistema operacional HyperOS da Xiaomi.
Na prática, isso quer dizer que, quando você se aproxima do carro, ele pode abrir a garagem, ligar o ar-condicionado na temperatura desejada e até iluminar a sala. A cabine é equipada com uma tela central de 16,1 polegadas e um painel de instrumentos que gira, além de suportar tablets da Xiaomi e iPads.
A briga dos sedãs elétricos: o sedã elétrico da Xiaomi contra o BYD Seal e o Tesla Model 3
O SU7 Max está no meio de uma competição acirrada com o BYD Seal e o Tesla Model 3, que também são sedãs elétricos populares. Se olharmos lado a lado, o SU7 é mais potente e responde mais rápido na aceleração, mas a Xiaomi vai além: não se trata apenas de um carro, mas de um “super dispositivo” que se integra perfeitamente ao dia a dia das pessoas.
Aqui, o foco da Xiaomi não é apenas vender um carro, mas oferecer uma experiência de controle sobre as rotinas diárias de quem já utiliza seus produtos.
O futuro global e o Brasil: quando o sedã elétrico da Xiaomi pode chegar ao país?
A Xiaomi já confirmou planos para iniciar vendas em mercados internacionais até 2027. Embora a expectativa seja de que o Brasil receba o SU7 em 2026, é um cenário que exige estratégia. A BYD já conquistou o terreno por aqui, até construindo uma fábrica.
Para a Xiaomi, o desafio será construir não só uma rede de concessionárias do zero, mas também a confiança do consumidor de que um celular e um carro podem vir da mesma marca, garantindo qualidade em ambos. A aparição do SU7 na Mobile World Congress de 2025 na Europa foi um passo significativo e o sucesso neste mercado pode ser um indicador importante para a chegada do sedã elétrico da Xiaomi a outros países, como o Brasil.