Um homem de 35 anos foi condenado por se passar por comissário de bordo e utilizar identidades falsas para conseguir voar de graça mais de 120 vezes entre 2018 e 2024. Ele aproveitava uma vantagem que permite que funcionários das companhias aéreas acessem voos sem custo, mas a jogada foi longe demais.
### Fingiu trabalhar em sete companhias aéreas
Tirone Alexander, como foi identificado, conseguia acessar áreas restritas em aeroportos por meio de informações falsas. Durante o check-in, ele preenchia formulários online, escolhendo a opção “comissário de bordo”.
Dentre os dados que fornecia, estavam o nome da empresa em que supostamente trabalhava, a data de contratação e um número de crachá — tudo inventado. Ninguém parecia desconfiar. Durante o julgamento, ficou claro que ele se passou por funcionário de pelo menos três companhias diferentes, alegando trabalhar para sete no total e criando cerca de 30 combinações de números e datas.
### Mais de 120 voos gratuitos
Os registros mostraram que Alexander voou sem pagar para vários destinos, incluindo Atlanta, Dallas, Las Vegas e Los Angeles. Isso foi possível porque ele explorou uma política da aviação que permite que comissários e pilotos de diferentes companhias voem gratuitamente.
Vale lembrar que o réu já tinha experiência como comissário em empresas regionais entre 2013 e 2015. Após deixar o setor, ele continuou a usufruir desse benefício com dados forjados.
### Condenado por fraude e acesso ilegal
A Justiça o considerou culpado de quatro acusações de fraude eletrônica, cada uma podendo resultar em até 20 anos de prisão, além de uma de acesso indevido a áreas restritas de aeroporto, que pode render mais 10 anos. O julgamento enfatizou que esse tipo de esquema é um exemplo claro de abuso de confiança e revela falhas nos sistemas de verificação das companhias aéreas.
Tal situação levanta questões sobre a eficácia dos processos de segurança e a importância de um monitoramento mais rigoroso nas práticas de embarque.