Autenticação digital: como funciona e por que está se tornando essencial

A autenticação digital se tornou parte do cotidiano de milhões de pessoas em diferentes contextos, como acessos a dispositivos, operações bancárias, entradas em edifícios e assinaturas de contratos. A confirmação da identidade por meios digitais é uma etapa essencial para garantir segurança em transações eletrônicas.

Com o crescimento do uso de serviços remotos, a necessidade de validar a identidade dos usuários sem a presença física passou a ser uma prioridade em setores como o jurídico, bancário, educacional e empresarial. Esse cenário estimulou a ampliação dos mecanismos de autenticação eletrônica.

O uso da autenticação digital não apenas confere segurança aos processos como também garante a validade legal de documentos eletrônicos. A prática está alinhada à legislação brasileira e a protocolos de segurança reconhecidos internacionalmente.

Com o avanço das tecnologias de reconhecimento biométrico, criptografia e assinatura digital, a autenticação eletrônica passou a englobar diferentes técnicas que, combinadas ou isoladas, permitem verificar a identidade do usuário com alto grau de confiabilidade.

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Processos de autenticação digital garantem integridade, identificação segura e validade a documentos assinados eletronicamente – Crédito: freepik / Freepik

O que é autenticação digital?

A autenticação digital é o processo pelo qual se verifica, com base em dados eletrônicos, a identidade de uma pessoa ou entidade que acessa um sistema ou assina um documento.

Ela é utilizada para impedir acessos não autorizados, garantir a autoria de assinaturas eletrônicas e proteger a integridade de informações sensíveis transmitidas pela internet.

O processo envolve o uso de credenciais, como senhas, certificados digitais ou dados biométricos, com o objetivo de confirmar que o usuário é de fato quem afirma ser.

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Como funciona a autenticação digital?

O funcionamento da autenticação digital é baseado na apresentação de um ou mais elementos que confirmem a identidade do usuário. Esses elementos são processados por sistemas que validam a informação recebida.

Entre os métodos mais comuns estão o uso de senhas, tokens temporários, certificados digitais emitidos por autoridades certificadoras e biometria facial ou digital.

A autenticação também pode ser feita por meio de dois ou mais fatores combinados, como o uso simultâneo de senha e código enviado por SMS ou de certificado digital com reconhecimento facial.

Quais os tipos de autenticação digital?

Os tipos de autenticação digital são classificados conforme o fator utilizado para confirmar a identidade do usuário: conhecimento, posse ou característica física.

No fator “conhecimento”, utiliza-se informações como senhas, PINs ou respostas a perguntas secretas. Já no fator “posse”, exige-se algo que o usuário possui, como um token ou celular.

Por fim, o fator “característica” envolve dados biométricos, como impressão digital ou reconhecimento facial. Esses tipos podem ser combinados para criar um sistema de autenticação multifatorial, que é mais seguro.

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Para que serve a autenticação digital de um documento?

A autenticação digital em documentos é utilizada para garantir a identidade do signatário e assegurar que o conteúdo não foi alterado após a assinatura.

Essa verificação é fundamental para contratos, acordos, procurações e demais documentos legais firmados eletronicamente.

Ela permite conferir validade jurídica ao documento, desde que sejam atendidas as exigências previstas na legislação brasileira.

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Biometria, tokens e certificados digitais são recursos usados para autenticar e assinar documentos com segurança – Crédito: freepik / Freepik

Quais fatores garantem segurança no processo de assinatura digital?

A segurança de uma assinatura digital está diretamente relacionada ao método de autenticação empregado, à integridade do documento e à rastreabilidade das ações realizadas.

Entre os principais fatores estão o uso de criptografia de ponta, a presença de um código de rastreamento (hash) e o log detalhado de cada etapa do processo.

Plataformas como a Clicksign (clicksign.com) adotam mecanismos avançados de validação, incluindo biometria, token, validação por Pix e carimbo do tempo, todos auditáveis.

No Brasil, documentos eletrônicos têm validade legal garantida desde a edição da Medida Provisória nº 2.200-2/2001, que criou a ICP-Brasil (Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira).

Essa estrutura assegura a autenticidade, integridade e validade jurídica de documentos assinados eletronicamente com certificados digitais.

Adicionalmente, a Lei 14.063/2020 regulamentou o uso de três tipos de assinatura eletrônica: simples, avançada e qualificada, cada uma com diferentes níveis de segurança e aplicação.

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Quais documentos podem utilizar a autenticação digital?

Diversos documentos podem ser assinados digitalmente, desde contratos comerciais até relatórios empresariais, atas de reunião, documentos trabalhistas e operações bancárias.

Documentos como procurações, acordos de confidencialidade (NDAs), propostas de seguro, contratos de serviço e declarações pessoais também estão entre os exemplos mais comuns.

É importante destacar que a lei brasileira não impõe hierarquia entre os tipos de assinatura, salvo disposição legal específica.

Com a consolidação da autenticação digital, processos burocráticos se tornaram mais ágeis e seguros, beneficiando empresas, órgãos públicos e a sociedade em geral. A tecnologia permite economia de tempo, redução de custos operacionais e maior confiabilidade documental.

A tendência é que o uso da autenticação digital cresça em diferentes setores, impulsionado pela necessidade de digitalização de serviços, pela evolução das ferramentas de segurança e pelo aumento das transações eletrônicas com respaldo legal.