Jornada de trabalho semanal: o que é, quais são e escalas permitidas
Saiba o que diz a lei sobre a jornada de trabalho semanal e como funcionam as escalas. Veja o que mudou com a Reforma e evite problemas.
A jornada de trabalho semanal representa o tempo total que uma pessoa trabalha durante os sete dias da semana. Essa carga horária segue regras específicas da legislação brasileira. O controle correto evita abusos e garante os direitos de quem trabalha.
No Brasil, a Consolidação das Leis do Trabalho define limites e formas de organização da jornada. Além disso, empregadores precisam seguir essas normas para manter um contrato legal. Quando isso não acontece, o funcionário pode buscar os seus direitos.
Por isso, entender como a jornada funciona ajuda a evitar problemas e esclarece os deveres de cada parte. Mesmo com a Reforma Trabalhista, vários pontos continuam em vigor. Assim, o trabalhador pode se proteger melhor no ambiente profissional.

Índice – Jornada de trabalho semanal
- O que é uma jornada de trabalho semanal?
- Quais são os tipos de jornada de trabalho semanal existentes?
- O que as leis trabalhistas dizem sobre a jornada de trabalho semanal?
- O que mudou com a jornada de trabalho semanal depois da Reforma Trabalhista?
- Quais são as escalas permitidas na jornada de trabalho semanal?
- Quantas horas no máximo podem ser feitas na jornada de trabalho semanal?
O que é uma jornada de trabalho semanal?
A jornada de trabalho semanal é o total de horas que o empregado cumpre durante a semana. Esse cálculo inclui todos os dias de trabalho previstos no contrato. Cada função pode ter uma jornada diferente, de acordo com o setor.
O modelo mais comum no Brasil é de 44 horas por semana. Normalmente, essas horas se dividem em oito horas por dia de segunda a sexta, com quatro horas no sábado. Contudo, nem todas as empresas seguem esse formato.
Empregadores podem adotar jornadas flexíveis ou horários alternativos, se estiverem dentro da lei. Por isso, é importante conhecer os limites semanais. Isso permite ao trabalhador saber quando está cumprindo ou excedendo a carga definida.
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Quais são os tipos de jornada de trabalho semanal existentes?
Diversos modelos de jornada de trabalho semanal existem no mercado, dependendo do tipo de atividade. A jornada integral é a mais comum, com 44 horas semanais. Mas há também outros formatos, como meio período e escalas.
O regime de tempo parcial funciona com até 30 horas semanais, com ou sem horas extras. Esse modelo é usado, por exemplo, em comércios e serviços com baixa demanda diária. Ele permite mais flexibilidade para o trabalhador.
Outro modelo bastante comum é a escala 12×36. Nesse caso, a pessoa trabalha 12 horas seguidas e folga pelas 36 horas seguintes. Essa opção aparece com frequência em hospitais, segurança e atendimento 24 horas.
O que as leis trabalhistas dizem sobre a jornada de trabalho semanal?
A legislação trabalhista define a jornada padrão como 44 horas por semana. Isso significa que o empregado não pode trabalhar mais que esse limite, salvo exceções previstas. O contrato deve deixar esse ponto claro desde o início.
A CLT determina que a jornada diária não pode passar de 8 horas, mais duas horas extras. Assim, o funcionário pode fazer até 10 horas por dia, mas com controle e pagamento adequado. A empresa deve registrar essas horas corretamente.
Quando há descumprimento, o trabalhador pode procurar o sindicato ou o Ministério do Trabalho. A lei protege o profissional contra abusos na carga horária. Desse modo, o funcionário pode atuar com mais segurança e equilíbrio.
O que mudou com a jornada de trabalho semanal depois da Reforma Trabalhista?
A Reforma Trabalhista trouxe mais possibilidades de negociação entre empresa e funcionário. Agora, o acordo entre as partes pode flexibilizar a jornada, desde que respeite os limites legais. Isso vale tanto para a divisão de horas quanto para as escalas.
O banco de horas se tornou mais simples após as mudanças na lei. Antes, era necessário acordo coletivo; hoje, pode ser feito por contrato individual. Com isso, o trabalhador pode compensar horas de forma mais flexível.
Também ficou permitido o regime de tempo parcial com até 30 horas semanais. Esse modelo ganhou mais espaço no mercado, especialmente entre empresas de pequeno porte. Ainda assim, a jornada não pode ultrapassar os limites fixados.
Quais são as escalas permitidas na jornada de trabalho semanal?
A legislação brasileira permite diversas escalas na jornada de trabalho semanal. As mais comuns são a 5×2, 6×1 e a 12×36, que atendem a diferentes perfis e setores. Cada uma segue regras específicas sobre folgas e horas extras.
Na escala 5×2, o funcionário trabalha cinco dias e folga dois. É o modelo mais comum em escritórios e serviços administrativos. Já na 6×1, o trabalhador atua seis dias e descansa um, muito usada no comércio.
A escala 12×36 é mais intensa, mas oferece mais folgas. Nela, o trabalhador cumpre 12 horas seguidas e folga 36 horas. Esse modelo exige atenção ao tempo de descanso e ao pagamento correto de adicional noturno.
Quantas horas no máximo podem ser feitas na jornada de trabalho semanal?
O máximo permitido por lei na jornada de trabalho semanal é de 44 horas. Além disso, o trabalhador pode fazer até 2 horas extras por dia, desde que haja pagamento ou compensação. O contrato deve deixar claro esse limite.
Soma-se a isso o descanso semanal remunerado, que geralmente acontece aos domingos. Mesmo em escalas alternadas, a empresa precisa garantir pelo menos um dia livre por semana. Esse descanso não pode ser descontado.
O controle de ponto ajuda a evitar abusos na carga semanal. Ele garante que tanto a empresa quanto o trabalhador sigam o que foi acordado. Quando há dúvidas, o sindicato pode orientar sobre o que está dentro da lei.