Alerta para os amantes de café! Descubra agora o verdadeiro motivo da disparada nos preços
Produção afetada pela seca, estoques reduzidos e demanda internacional elevam o preço do café a níveis históricos
O preço do café atingiu níveis recordes, gerando preocupação entre produtores, comerciantes e consumidores.
A alta expressiva reflete uma combinação de fatores que impactam diretamente a oferta e a demanda do grão. Entre eles, estão condições climáticas adversas, estoques reduzidos e aumento das exportações brasileiras.
A saca de 60 quilos do café arábica, principal variedade produzida no Brasil, ultrapassou R$ 2.300 em janeiro de 2025.
Esse valor representa um aumento de mais de 120% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados do Cepea – Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (cepea.esalq.usp.br) da Universidade de São Paulo.

Condições climáticas extremas afetam a produção brasileira
A crise climática tem desempenhado um papel determinante na atual escalada dos preços do café.
O Brasil, maior produtor mundial, sofreu com a pior seca em 70 anos, prejudicando severamente a produção. Além disso, ondas de calor intensas afetaram o ciclo produtivo entre 2023 e 2024, comprometendo a qualidade e a quantidade da safra.
Minas Gerais, responsável por mais da metade da produção nacional de café, foi uma das regiões mais impactadas.
A falta de chuvas afetou a floração dos cafeeiros, resultando em menor formação de grãos. A Companhia Nacional de Abastecimento – Conab (conab.gov.br) projeta que a safra de 2025 deve atingir 51,8 milhões de sacas, representando uma queda de 12,4% em relação ao ciclo anterior.
A redução na produção não se limitou ao Brasil. O Vietnã, maior exportador mundial de café robusta, também enfrentou uma queda significativa, com uma redução de 17,2% na colheita. Esse cenário reforça a escassez global de grãos, pressionando ainda mais os preços.
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Exportações em alta contribuem para a escassez no mercado interno
O crescimento das exportações brasileiras também tem influenciado diretamente a alta dos preços.
Em 2024, o Brasil exportou 50,4 milhões de sacas de café, registrando um aumento de 28,8% em relação ao ano anterior. Esse recorde histórico reflete a forte demanda internacional, especialmente da China, que tem ampliado suas compras do grão brasileiro.
Esse aumento nas exportações, embora positivo para a balança comercial, reduz a oferta de café no mercado interno. Com menos produto disponível, os preços para os consumidores finais acabam subindo, gerando impacto direto no bolso dos amantes da bebida.
Além disso, a valorização do café nas bolsas internacionais de commodities também contribui para essa escalada. Em Nova York, os contratos futuros de café arábica atingiram preços que não eram vistos desde 1977, reforçando o cenário de alta global.
Perspectivas indicam manutenção dos preços elevados
As projeções para os próximos meses apontam para a manutenção dos preços elevados do café. A combinação de oferta reduzida, condições climáticas adversas e demanda aquecida sugere que o cenário de valorização deve persistir.
Especialistas do mercado acreditam que a pressão sobre os preços continuará até que a produção mundial consiga se recuperar. No Brasil, a expectativa é de que a safra de 2025/26 também seja impactada, prolongando o período de oferta restrita.
Esse cenário representa um desafio tanto para a indústria quanto para os consumidores.
Para os produtores, a alta dos preços pode trazer maiores retornos, mas também exige investimentos em práticas agrícolas que minimizem os efeitos das mudanças climáticas. Já para os consumidores, a tendência é de que os custos continuem elevados, tornando o café um produto cada vez mais valorizado.