Drex: a moeda digital que promete REVOLUCIONAR o sistema financeiro brasileiro – entenda

O Banco Central desenvolve o Drex, moeda digital que pode transformar transações financeiras no Brasil e ampliar a digitalização da economia

O Banco Central do Brasil (bcb.gov.br) está em fase avançada no desenvolvimento do Drex, uma moeda digital que promete modernizar o sistema financeiro nacional. Trata-se de uma Central Bank Digital Currency (CBDC), ou seja, uma moeda digital emitida pelo banco central de um país.

O projeto visa oferecer uma versão digital do real, mantendo sua paridade de 1 para 1, mas com funcionalidades que ampliam a segurança e a eficiência das transações.

A implementação do Drex pode transformar o mercado financeiro ao permitir transações mais rápidas, automação de processos e maior transparência por meio da tecnologia blockchain.

Com previsão de testes até o primeiro semestre de 2025, a moeda digital deve integrar o ecossistema bancário sem substituir o dinheiro em espécie, funcionando como uma alternativa para operações digitais seguras e inovadoras.

Drex a moeda digital que promete REVOLUCIONAR o sistema financeiro brasileiro - entenda
Drex é moeda digital desenvolvida pelo Banco Central – Crédito: Jeane de Oliveira / pronatec.pro.br

Como funciona o Drex e quais são suas características

Diferente do Pix ou das transferências bancárias tradicionais, o Drex não é apenas um meio de pagamento, mas sim uma moeda digital com capacidade para operar contratos inteligentes e ativos digitais.

Sua principal inovação é a possibilidade de automatizar processos financeiros por meio da tecnologia blockchain, garantindo rastreabilidade e eficiência nas transações.

Entre suas principais características estão:

  • Segurança aprimorada: Todas as transações são registradas de forma imutável na blockchain, reduzindo riscos de fraudes e erros;
  • Contratos inteligentes: Automatizam pagamentos e transferências, liberando valores apenas quando condições pré-definidas são cumpridas;
  • Integração com cartórios: Permite a digitalização de registros imobiliários e a realização de transações com maior agilidade;
  • Tokenização de ativos: Facilita a negociação e o registro digital de bens, tornando processos como compra e venda mais eficientes.

Esses avanços podem trazer impactos significativos em setores como o imobiliário, de comércio eletrônico e financeiro, tornando operações mais ágeis e menos burocráticas.

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O Drex e a digitalização do mercado financeiro brasileiro

A chegada do Drex posiciona o Brasil entre os países que desenvolvem moedas digitais emitidas por bancos centrais. O projeto segue uma tendência global de digitalização da economia e pode reduzir custos operacionais para bancos e fintechs, além de ampliar o acesso a serviços financeiros.

No mercado financeiro, a moeda digital poderá ser utilizada para operações de liquidação instantânea entre instituições bancárias e financeiras.

Já no setor de comércio e serviços, o Drex tem potencial para tornar pagamentos mais seguros e confiáveis, especialmente em compras online, onde os valores podem ser liberados apenas após a entrega do produto.

Além disso, a tecnologia permite que o Brasil avance na internacionalização das transações financeiras, reduzindo custos e prazos para operações transfronteiriças.

Atualmente, transferências internacionais podem levar dias para serem concluídas, enquanto o Drex tem potencial para reduzir esse tempo para segundos ou minutos.

Diferença entre o Drex e as criptomoedas

Apesar de utilizar a tecnologia blockchain, o Drex não deve ser confundido com criptomoedas como Bitcoin e Ethereum.

Enquanto as criptomoedas operam de forma descentralizada e sem controle de uma autoridade financeira, o Drex será totalmente regulamentado pelo Banco Central, garantindo estabilidade e segurança jurídica para suas transações.

As principais diferenças entre o Drex e as criptomoedas são:

  • Drex: Emitido pelo Banco Central, possui lastro no real e segue regulamentação financeira;
  • Criptomoedas: Operam de forma descentralizada e podem apresentar alta volatilidade.

Essa distinção reforça o papel do Drex como uma ferramenta de modernização do sistema financeiro nacional, sem os riscos associados às criptomoedas tradicionais.

Implementação e desafios regulatórios

A regulamentação do Drex será um fator determinante para sua adoção em larga escala. O Banco Central precisará estabelecer diretrizes que garantam segurança, privacidade e conformidade com as leis brasileiras, incluindo a Lei do Sigilo Bancário e a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

A adesão dos bancos e instituições financeiras será essencial para o sucesso do projeto. Além disso, desafios como a inclusão digital e a aceitação por parte dos usuários precisarão ser enfrentados.

O Banco Central trabalha para garantir que o Drex seja acessível e funcional para todos os segmentos da população.

Perspectivas para o futuro do Drex

O projeto piloto do Drex está em andamento e deve seguir em testes até o primeiro semestre de 2025. Durante esse período, o Banco Central avalia aspectos técnicos e operacionais para garantir a segurança da moeda digital antes de seu lançamento oficial.

Se implementado com sucesso, o Drex poderá estabelecer um novo padrão para transações financeiras no Brasil, aumentando a transparência, reduzindo custos e promovendo a inclusão digital.

O avanço dessa tecnologia representa um marco na modernização do sistema bancário e pode influenciar o futuro das transações financeiras no país.