Saque-aniversário vai acabar mesmo? Quem depende do benefício anual NÃO está nada satisfeito com o que está por vir; entenda
Possibilidade do governo acabar com saque-aniversário gerou revolta em grande parte dos trabalhadores que curtem a modalidade
Criado em 2019, o saque-aniversário permite que trabalhadores tivessem acesso a uma parte do saldo de suas contas anualmente, funcionando como um alívio financeiro para quem precisava de recursos extras. Agora, a possibilidade de extinção da modalidade gera incertezas e questionamentos.
De um lado, o governo argumenta que os recursos movimentados pelo saque poderiam ser direcionados para investimentos em habitação e outras áreas prioritárias. De outro, parlamentares e trabalhadores levantam preocupações sobre os efeitos de longo prazo, como o aumento do endividamento.
A decisão, que ainda está em discussão, promete ser uma das mais comentadas nos próximos meses. Os possíveis desdobramentos podem trazer mudanças significativas para a economia e para as famílias que utilizam o programa como suporte em momentos de necessidade.
Por dentro de como funciona o saque-aniversário
O saque-aniversário é uma modalidade que permite ao trabalhador retirar uma porcentagem de seu saldo no FGTS anualmente, próximo ao mês de aniversário. A adesão é opcional e seu objetivo é oferecer mais flexibilidade no uso do dinheiro, sem necessidade de rescisão do contrato de trabalho.
A modalidade se tornou popular entre pessoas que buscam pagar dívidas, investir em necessidades emergenciais ou simplesmente ter um recurso adicional.
Ao contrário do saque-rescisão, liberado em caso de demissão, o saque-aniversário oferece uma alternativa mais acessível para quem precisa de dinheiro a curto prazo.
Apesar da adesão significativa, a proposta de encerrar o programa tem dividido opiniões, principalmente pelo potencial de afetar a vida financeira de milhões de trabalhadores.
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Ministro do Trabalho se pronunciou sobre o assunto
O governo federal, por meio do ministro do Trabalho, Luiz Marinho, defende o fim do saque-aniversário como uma forma de preservar recursos do FGTS para investimentos em habitação e infraestrutura.
Segundo o ministro, o programa retira cerca de R$ 100 bilhões anuais do fundo, comprometendo projetos de longo prazo.
No entanto, a proposta enfrenta críticas de parlamentares e representantes do mercado financeiro. Eles argumentam que a extinção pode levar muitos trabalhadores a recorrerem a empréstimos com juros elevados para cobrir necessidades emergenciais, aumentando o endividamento.
Além disso, a retirada da modalidade pode afetar o poder de compra das famílias, reduzindo o consumo e influenciando a economia de maneira mais ampla.
Assim, trabalhadores que utilizam o saque-aniversário como um fundo emergencial também podem enfrentar maior insegurança financeira caso o programa acabe mesmo.
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O que será do benefício no futuro?
Enquanto o debate continua, o governo sugere uma alternativa: o uso do saldo do FGTS como garantia para crédito consignado. A proposta busca oferecer uma opção segura para acesso ao crédito sem comprometer os recursos do fundo.
No entanto, a decisão final ainda depende de negociações entre o Congresso e o Executivo. Para os trabalhadores, acompanhar essas discussões será fundamental, já que o desfecho pode trazer mudanças significativas nas opções financeiras disponíveis no futuro.