Novidades no BPC estão prestes a ser aprovadas pelo Congresso; saiba o que muda para 2025
Aprovação de mudanças no BPC devem impactar beneficiários de diversas regiões; comece a se preparar desde já
Sem sombra de dúvidas, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) é uma política assistencial essencial para idosos e pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade. Porém, novas propostas apresentadas pelo governo federal buscam ajustar alguns critérios desse benefício para reduzir os gastos.
O debate ocorre em meio a desafios fiscais, em que o equilíbrio das contas públicas se torna prioridade. Com isso, as mudanças sugeridas para o BPC geram questionamentos, principalmente sobre como elas podem prejudicar as famílias mais vulneráveis.
Apesar disso, as medidas seguem em análise no Congresso Nacional e devem ser votadas em breve. Enquanto o governo argumenta que as alterações são necessárias para a sustentabilidade do orçamento, parlamentares e especialistas destacam a importância de avaliar as consequências sociais da medida.
Revisão dos critérios de renda e elegibilidade do BPC
Um dos principais pontos em discussão é a revisão dos critérios de renda familiar para acesso ao BPC. Atualmente, a renda per capita de uma família não pode ultrapassar 25% do salário mínimo, o equivalente a R$ 353 por pessoa.
A nova proposta sugere ajustes nessa fórmula, o que pode reduzir o número de beneficiários aptos a receber o auxílio. Outra mudança considerada é a restrição de dois pagamentos do BPC para integrantes da mesma família.
Atualmente, o benefício pode ser concedido a mais de um membro familiar, desde que todos atendam aos critérios exigidos. A medida, no entanto, limita esse direito, argumentando que a medida ajudaria a frear o crescimento das despesas assistenciais.
Tais revisões buscam atender à demanda por redução de gastos, mas enfrentam resistência, especialmente em regiões com maiores índices de pobreza, onde o BPC é crucial para o sustento de muitas famílias.
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Debate sobre os efeitos sociais das mudanças no auxílio
A proposta tem gerado preocupação em diferentes setores, incluindo partidos da base governista, que alertam para os possíveis efeitos negativos nas populações mais vulneráveis.
Os parlamentares argumentam que o benefício já atende a um público específico e qualquer mudança nos critérios pode agravar ainda mais as desigualdades.
Desse modo, o Ministério da Fazenda estima que as alterações podem gerar uma economia de até R$ 12 bilhões até 2030. No entanto, a discussão sobre o tema revela um dilema entre a necessidade de equilibrar as contas públicas e o compromisso de proteger as famílias em situação de maior risco social.
O projeto ainda precisa passar por votações na Câmara e no Senado antes da receber a sanção do presidente Lula. Enquanto isso, o debate segue intenso, com diferentes grupos defendendo ajustes para tornar as propostas mais equilibradas.
Enfim, caso aprovadas as mudanças, elas representam uma nova etapa para o programa, que há anos têm um papel único na redução da pobreza e na inclusão social no Brasil.