Escala 4×3: saiba COMO estão atualmente as empresas brasileiras que adoraram esse modelo!

O debate sobre o fim da escala 6×1 levantou dúvidas sobre outros modelos de trabalho. Um deles é a escala 4×3, que está ganhando popularidade.

O debate sobre modelos de trabalho que oferecem mais flexibilidade para os funcionários tem ganhado força no Brasil. A implementação da escala 4×3, que propõe quatro dias de trabalho seguidos por três dias de descanso, atraiu a atenção de empresas e especialistas.

Além disso, a proposta de emenda à Constituição (PEC) para acabar com a escala 6×1, amplamente discutida, reforça o movimento em direção a jornadas mais equilibradas. Atualmente, muito se discute outros modelos que poderiam entrar no seu lugar.

Apesar de algumas resistências, o modelo 4×3 apresenta resultados promissores e coloca em evidência os benefícios de repensar a organização do trabalho. Dessa forma, é interessante observar como empresas que já testaram o modelo se comportam.

Já pensou em trabalhar apenas quatro dias e folgar três? Conheça a escala 4x3!
Já pensou em trabalhar apenas quatro dias e folgar três? Conheça a escala 4×3! / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / pronatecnologia.com.br

Como as empresas que optaram pela escala 4×3 estão atualmente?

Diversas empresas brasileiras testaram o modelo 4×3 como uma alternativa para aumentar o bem-estar dos funcionários sem prejudicar a produtividade. Nele, os colaboradores trabalham quatro dias por semana, com redução de 20% na jornada total, mantendo os salários e benefícios inalterados.

A principal premissa é equilibrar o tempo de trabalho com a qualidade de vida, permitindo mais folgas e reduzindo o estresse associado à rotina profissional.

Os resultados mostram que, mesmo com uma jornada menor, a produtividade se manteve ou até aumentou. Isso ocorre porque as empresas, ao adotarem o modelo, passaram a repensar processos e otimizar a comunicação. Contudo, a transição para a escala 4×3 também trouxe desafios, como a necessidade de engajamento das lideranças e ajustes em rotinas consolidadas.

Saiba mais: FIM da escala 6×1: como funcionariam as opções 5×2 ou 4×3 na prática?

Confira os dados após a implementação da escala 4×3

Os impactos do modelo 4×3, de acordo com um estudo recente, incluem resultados expressivos em várias áreas:

  • Produtividade e engajamento: 71,5% das empresas relataram aumento na produtividade e 60,3% notaram maior engajamento dos funcionários.
  • Bem-estar: Redução de 72,8% na exaustão frequente, 49,6% na insônia e 30,5% na ansiedade semanal. A média de horas de sono aumentou de 6,7 para 7 por noite.
  • Saúde: 77,3% dos colaboradores avaliaram sua saúde mental como boa ou excelente, enquanto 67% fizeram o mesmo em relação à saúde física.
  • Criatividade e inovação: 80,7% dos participantes perceberam mais criatividade nas equipes após a mudança.
  • Impacto social: 71,3% dos trabalhadores relataram ter mais energia para a família e atividades sociais.

Esses dados destacam que, embora a adaptação ao modelo exija esforços, os benefícios superam as dificuldades iniciais.

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Proposta pelo fim da escala 6×1

Enquanto a escala 4×3 avança em testes, a proposta de fim da escala 6×1 segue em discussão em âmbito legislativo. A PEC apresentada busca reduzir a carga horária semanal de 44 para 36 horas, além de abolir o formato de seis dias de trabalho seguidos por um de descanso. O objetivo é implementar um modelo com três dias de folga, incluindo os fins de semana.

Como anda a tramitação da PEC?

O caminho da PEC na Câmara dos Deputados segue etapas bem definidas:

  1. Admissibilidade: A proposta já recebeu mais de 206 assinaturas, ultrapassando o mínimo de 171 necessárias para tramitar. Atualmente, está sob análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que avalia se o texto segue os princípios da Constituição.
  2. Comissão especial: Caso a CCJ aprove, a proposta entra em uma comissão especial, que poderá propor alterações no mérito do texto em até 40 sessões.
  3. Plenário da Câmara: Após a comissão, a proposta será votada pelo plenário da Câmara, onde precisará de 308 votos favoráveis em dois turnos para avançar.
  4. Senado Federal: A PEC segue para o Senado, onde precisará ser aprovada por 49 senadores em dois turnos de votação.
  5. Promulgação: Com aprovação nas duas casas, a PEC será promulgada e incorporada à Constituição.

Com discussões em andamento e ampla repercussão, o futuro das jornadas de trabalho no Brasil caminha para mudanças significativas.

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