Comecei a trabalhar de carteira assinada, meu Bolsa Família vai CORTAR? Posso manter o benefício?
Milhares de pessoas que recebem o Bolsa Família podem ter receio de perder o pagamento caso encontrem emprego formal.
Uma das principais preocupações das pessoas beneficiárias do Programa Bolsa Família é a possibilidade de perder o benefício ao iniciar um trabalho com carteira assinada ou ao obter outra fonte de renda, como a aposentadoria.
No entanto, o programa conta com a chamada “regra de proteção”, que garante a continuidade do auxílio mesmo que a renda familiar aumente temporariamente.
Essa proteção é importante para garantir a estabilidade financeira das famílias que, ao entrarem no mercado de trabalho, não precisam abrir mão de um apoio fundamental.
Comecei a trabalhar de carteira assinada, vou perder o Bolsa Família?
Não, quem começa a trabalhar com carteira assinada não perde imediatamente o benefício do Bolsa Família.
A regra de proteção, que foi criada exatamente para apoiar essas famílias em transição, permite que o benefício seja mantido por até dois anos, mesmo após o ingresso no mercado de trabalho formal.
O valor do benefício, nesse caso, é cortado geralmente para a metade do valor recebido antes do emprego. Por exemplo, se uma pessoa da família começa a trabalhar recebendo um salário mínimo, o cálculo é feito com base no número de integrantes da família.
Se essa renda, dividida pelo número de membros, continuar dentro do limite estabelecido, a família pode receber até metade do valor do benefício original.
Além disso, se após o período de dois anos a família ainda estiver dentro dos critérios de renda do programa, pode haver a possibilidade de retorno ao benefício, desde que as informações estejam devidamente atualizadas no Cadastro Único.
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Quando a regra de proteção acaba?
A regra de proteção do Bolsa Família dura por um período de até dois anos, durante o qual a família beneficiária pode continuar recebendo o auxílio, mesmo que um dos seus integrantes tenha começado a trabalhar com carteira assinada ou recebido um novo benefício, como a aposentadoria.
Esse mecanismo foi criado para que o emprego formal não seja um motivo de preocupação para as famílias, pois elas continuam a receber o benefício ajustado.
Ao final desses dois anos, existem dois caminhos possíveis: o retorno do benefício ou a perda total.
Recuperação do benefício
Se o trabalhador perder o emprego ou a família voltar a ter uma renda dentro do limite estabelecido pelo programa, o benefício pode voltar ao seu valor original.
Nesse caso, a pessoa deve atualizar seus dados no Cadastro Único, e o Bolsa Família pode voltar a ser pago em 100% do valor que a família recebia antes da regra de proteção.
Perda do Bolsa Família
Por outro lado, se a família mantém uma renda formal e não se enquadra mais nos critérios do programa, o benefício será suspenso ao final dos dois anos. Isso acontece quando a família tem renda para se sustentar a partir disso.
No entanto, a garantia da proteção por esse período dá tempo para que a família se estabilize financeiramente, sem depender unicamente do auxílio do governo.
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O mesmo vale para quem abre MEI?
Sim, o mesmo princípio da regra de proteção se aplica às pessoas que decidem abrir um Microempreendedor Individual (MEI).
Isso significa que mesmo que um beneficiário do Bolsa Família se torne um empreendedor formal, ele ainda pode continuar recebendo o auxílio por até dois anos, desde que sua renda permaneça dentro dos limites.
Assim como no caso de quem começa a trabalhar com carteira assinada, o cálculo da renda é feito com base no número de pessoas da família, e o benefício é ajustado conforme a nova situação financeira.
Se, após esse período, o microempreendedor perder a sua renda ou se sua situação econômica mudar, ele pode solicitar a reavaliação do benefício, desde que mantenha seu cadastro atualizado.
A formalização do trabalho por meio do MEI é uma oportunidade importante para que muitos brasileiros se insiram de maneira mais estruturada no mercado e o Bolsa Família se adapta para garantir que essa transição ocorra sem perdas imediatas de segurança financeira.
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