Se trabalhar nas eleições, perco o Bolsa Família? Dúvida está deixando beneficiários com pulga atrás da orelha

Com a chegada do período eleitoral em diversos municípios brasileiros, beneficiários que trabalham nas eleições temem perder o Bolsa Família; veja o que acontece

Com as eleições se aproximando em vários municípios brasileiros, muitos beneficiários do Bolsa Família estão preocupados com a possibilidade de perder o auxílio caso aceitem trabalhar como mesários ou auxiliares nas votações.

A dúvida gerou muitas incertezas, pois quem depende do benefício para garantir o sustento da família não quer correr nenhum tipo de risco.

Sendo assim, entenda como o governo enxerga essa atividade temporária e se ela pode afetar seu cadastro ou pagamentos futuros.

Se trabalhar nas eleições, perco o Bolsa Família? Dúvida está deixando beneficiários com pulga atrás da orelha
Beneficiários do Bolsa Família que trabalham nas eleições temem perder auxílio! Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / pronatecnologia.com.br

Trabalhar nas eleições e receber Bolsa Família, é possível?

Muitos beneficiários do Bolsa Família têm dúvidas sobre como a participação em atividades relacionadas às eleições pode afetar o recebimento do benefício.

Dentre essas preocupações, a mais comum é se trabalhar nas eleições, seja como mesário ou em outras funções, pode resultar na perda do Bolsa Família.

Essa incerteza se torna especialmente relevante em anos eleitorais, quando muitos beneficiários são convocados ou se voluntariam para trabalhar nas seções eleitorais. Alguns, inclusive, atuam como cabo eleitoral de algum candidato, balançando bandeira ou entregando “santinhos”.

O programa Bolsa Família, agora atualizado com novas regras, destina-se a famílias de baixa renda, e sua continuidade está atrelada a alguns critérios, como renda familiar e a atualização periódica do Cadastro Único.

Por isso, é importante destacar que a participação em atividades eleitorais não interfere diretamente na continuidade do benefício, mas tudo depende. Entenda melhor a seguir.

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Beneficiários estão com pulga atrás da orelha

Em outras palavras, a remuneração que você recebe pelo serviço, geralmente é em forma de auxílio financeiro ou folgas no trabalho. Também há a opção de alguém trabalhar para um candidato e repassar o dinheiro para você, e até aí tudo bem.

Contudo, se você vai trabalhar diretamente para algum candidato, exercendo a função de entregar “santinhos” ou balançar bandeiras, certamente o valor cairá direto em sua conta. Nesses casos, é necessário ter muita atenção.

Alguns auxiliados estão exercendo esses trabalhos para ter uma renda extra. Mas, se o candidato declarar seu CPF na prestação de contas, é fundamental se atentar aos critérios do Bolsa Família mais básicos.

Como beneficiário, você sabe que a renda per capita máxima do programa social é R$ 218. Dessa forma, se o candidato declarar seu CPF ao prestar contas e sua renda por pessoa ficar entre R$ 219 e R$ 706, você entrará na Regra de Proteção. Caso contrário, o benefício ficará bloqueado.

Na Regra de Proteção, você tem direito a receber metade do Bolsa Família por até 2 anos. É uma alternativa que o Governo Lula encontrou para não retirar essas pessoas imediatamente da lista de pagamentos. Apesar disso, como a eleição dura pouco, basta atualizar seu cadastro após o período.

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O que fazer para garantir a continuidade do auxílio?

Portanto, para a manutenção do benefício, o cálculo da renda per capita da família é um dos principais fatores. A inclusão de novas fontes de renda, como salários formais ou informais, pode influenciar no valor recebido ou até mesmo na continuidade do benefício.

No caso do período eleitoral, isso só será um problema se o candidato para quem você trabalha prestar contas com seu CPF. De qualquer maneira, você precisa tomar bastante cuidado.