O horário de verão vai voltar? Veja o comunicado do Presidente
A grande dúvida desse fim de ano do Governo Federal é se volta ou não com o Horário de Verão. Essa medida sempre foi muito bem vista pelos brasileiros mas desde 2018 que não é implementada.
O horário de verão, tema recorrente nas discussões sobre políticas públicas no Brasil, permanece fora dos planos do governo de Luiz Inácio Lula da Silva para 2023. Com a possível ausência desse mecanismo pelo quinto ano consecutivo, uma decisão que ganha destaque após sua extinção durante a gestão de Jair Bolsonaro em 2019. Veja o porquê dessa decisão do Governo Federal em não aderir mais uma vez.

Horário de Verão: possível ausência pelo 5º ano seguido
Segundo informações obtidas nos bastidores, as análises técnicas constantes realizadas pelo MME (Ministério de Minas e Energia) indicam que não existe, até o momento, uma necessidade de adotar o horário de verão. Isso se deve à garantia sólida de fornecimento de eletricidade.
Embora a avaliação técnica aponte nessa direção, é importante ressaltar que a decisão de reintroduzir o horário de verão é de responsabilidade do presidente. Mas, em 2022, logo após vencer as eleições, Lula sugeriu a possibilidade de retomar esse modelo.
O MME confirmou que, em relação às condições energéticas do Sistema Interligado Nacional (SIN) para o ano de 2023, existem “recursos energéticos mais do que suficientes para a garantia do atendimento”. Ou seja, o objetivo original do horário de verão era reduzir o consumo de energia, principalmente no período noturno, aproveitando melhor a luz do dia.
Mas isso só se justifica pelo aumento natural do consumo no final do ano, quando os reservatórios ainda estão se recuperando da estação menos chuvosa. No entanto, atualmente, mesmo durante a estiagem, os reservatórios dos principais subsistemas do país estão operando com mais de 70% da capacidade, conforme dados do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico).
Só que alguns reservatórios chegam a atingir quase 90% de sua capacidade, o que é considerado um percentual confortável para este período do ano. Além disso, o avanço da geração de energia eólica e solar nos últimos anos tem sido fundamental para garantir o fornecimento de energia, e com custos mais baixos.
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Contribuição das energias renováveis
Essas fontes já representam quase um quarto da matriz elétrica nacional, de acordo com informações também fornecidas pelo ONS. No entanto, as energias renováveis acabam impulsionando a demanda por energia elétrica durante a noite.
Por esse motivo, especialistas do MME, podem levar isso em consideração e acabar tendo peso na decisão final. Então, a implementação do horário de verão seria não apenas para 2023, mas para os próximos anos.
Assim, com o crescimento significativo da geração distribuída a partir de fontes solares, observa-se um aumento no consumo durante a noite. Ou seja, a geração de energia ocorre durante o dia, na presença de luz solar. Mas o ministério sugere que essa demanda noturna poderia ser mitigada com a implementação do horário de verão.
Assim, diante da análise técnica, ficou constatado que há segurança no fornecimento de energia elétrica. Ou seja, a decisão sobre o horário de verão para 2023 vai depender não apenas dessa oferta de energia, mas:
- do equilíbrio entre diferentes fontes de geração de energia
- do consumo em horários noturnos
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