Posso resgatar o FGTS depois de voltar ao saque-rescisão? Entenda
Entenda as diferenças entre saque-rescisão e saque-aniversário do FGTS. Este guia destaca a importância do planejamento ao escolher entre as modalidades.
A gestão financeira é uma parte essencial da vida de qualquer trabalhador, particularmente quando se trata de fundos acumulados em programas como o FGTS. O benefício é projetado para oferecer suporte em momentos cruciais.
As modalidades de saque disponíveis no FGTS oferecem diferentes estratégias para acessar esses recursos, cada uma com suas próprias vantagens e limitações.
Compreender essas opções e suas implicações é crucial para fazer escolhas informadas que alinham a segurança financeira com as necessidades pessoais e profissionais.
Entendendo o saque-rescisão do FGTS e as condições para retornar a esta modalidade
O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) oferece duas principais modalidades de saque: o saque-aniversário e o saque-rescisão.
Recentemente, muitos trabalhadores têm questionado sobre a possibilidade de retornar à modalidade de saque-rescisão após mudar para o saque-aniversário, especialmente devido às diferenças significativas entre as duas opções.
Este artigo explora a modalidade de saque-rescisão, as condições para alternar entre modalidades e o que os trabalhadores precisam saber para tomar decisões informadas sobre como gerenciar seus fundos no FGTS.
Qual é a diferença do saque-rescisão e saque-aniversário do FGTS?
A modalidade saque-rescisão permite que os trabalhadores acessem o montante total acumulado no FGTS, incluindo a multa rescisória de 40%, em casos de demissão sem justa causa.
Este acesso integral é uma proteção financeira significativa, proporcionando um suporte robusto enquanto buscam novas oportunidades de emprego.
Em contraste, a modalidade saque-aniversário permite retiradas anuais parciais baseadas em um percentual do saldo. Mas, não permite o saque do montante total em caso de demissão, somente a multa rescisória é acessível.
Retornando ao saque-rescisão
Mudar de volta para o saque-rescisão após optar pelo saque-aniversário não é imediato. Existe um período de carência de dois anos após solicitar o retorno a esta modalidade.
Durante este tempo, o trabalhador não poderá sacar o total acumulado do FGTS em caso de demissão, uma consideração crítica que necessita de planejamento e avaliação cuidadosa.
Esta regra destaca a importância de ponderar a segurança financeira a longo prazo em relação à flexibilidade de saques anuais menores.
Veja também: Caixa libera novo saque do FGTS aos trabalhadores brasileiros; veja como sacar
O saque aniversário vai mesmo acabar? Entenda a nova proposta do Governo
Em 27 de março de 2024, o Governo Federal anunciou o fim do saque-aniversário do FGTS, modalidade instituída em 2019 que permite aos trabalhadores sacar parte do saldo do fundo a cada ano no mês de aniversário.
A decisão, ainda em tramitação no Congresso Nacional, gerou grande repercussão e dividiu opiniões.
Dessa forma, o governo tem alguns argumentos contra a modalidade do FGTS. Confira.
- Descapitalização do FGTS: Críticos da modalidade argumentam que o saque-aniversário facilitava o acesso ao dinheiro do FGTS, levando à descapitalização do fundo e à diminuição da renda dos trabalhadores na aposentadoria.
- Endividamento: O saque-aniversário também teria contribuído para o endividamento das famílias, já que muitos trabalhadores utilizavam o dinheiro para pagar dívidas ou realizar compras, sem planejamento para o futuro.
- Desigualdade: A modalidade era vista como desigual, pois beneficiava mais os trabalhadores com saldos maiores, enquanto aqueles com saldos menores tinham acesso a valores irrisórios.
Defesa do saque-aniversário
Por outro lado, defensores do saque-aniversário argumentam que a modalidade oferece maior liberdade e flexibilidade aos trabalhadores, permitindo que eles utilizem o dinheiro do FGTS de acordo com suas necessidades.
Veja também: Fui demitido, ainda posso sacar o FGTS? Confira QUAL modalidade está disponível para você!