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Por que a Dipirona é PROIBIDA em diversos países, mas liberada no Brasil?

Dipirona no Brasil é liberada, mas em vários outros países, é expressamente proibida! Nesse sentido, o público quer saber: o que pode explicar essa enorme diferença em relação à perspectiva das nações sobre esse importante remédio? De antemão, podemos dizer que a resposta é mais surpreendente do que você imagina, envolvendo questões médicas, econômicas, sociais e até mesmo éticas.

No Brasil, qualquer pessoa pode comprar a Dipirona nos balcões das farmácias. Não é necessário nem mesmo apresentar receita médica para garantir a compra. Por isso, em nosso país, o remédio se estabelece como um dos medicamentos mais vendidos. Muita gente chega até mesmo a fazer um “estoque” de Dipirona em casa! Com isso em mente, confira abaixo tudo que você precisa saber sobre a liberação da Dipirona no Brasil.

Por que a Dipirona é banida em diversos países, mas liberada no Brasil? Foto: divulgação

O que é a Dipirona? Para que serve o medicamento no Brasil?

Dipirona, para quem não sabe, é o nome comercial de um composto farmacológico que também é conhecido como “Metamizol”.

O medicamento foi criado na Alemanha, ainda na década de 20. Por muitos anos, o remédio se estabeleceu como um dos fármacos mais populares do mundo, particularmente na Europa.

A Dipirona é utilizada, primordialmente, como analgésico e antipirético. Ou seja: o medicamento serve para aliviar dores (principalmente dores de cabeça) e para diminuir a febre e outras manifestações corporais de várias doenças.

Apesar do remédio ter mais de 100 anos de história, a maneira como o medicamento atua para aliviar a dor e baixar a febre ainda cultiva diversos mistérios. Não se sabe, exatamente, como o remédio funciona!

“A hipótese é que ela iniba a COX, inclusive um dos tipos dessa molécula que é exclusivo do sistema nervoso central, o que aliviaria a inflamação por trás da febre e da dor”, explica a farmacêutica Laura Marise.

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Dipirona é liberada no Brasil – em quais países o remédio é proibido?

Antes de conferir por que a Dipirona é proibida em vários países – mas liberada no Brasil – é importante conferir a lista completa de nações que proíbem o remédio.

O rol conta, é claro, com os Estados Unidos, com o Japão e com vários países da União Europeia. Com isso em mente, confira abaixo a lista completa de países onde não é possível comprar Dipirona:

  • Estados Unidos;
  • Japão;
  • Canadá;
  • Reino Unido;
  • Irlanda;
  • França;
  • Marrocos;
  • Turquia;
  • Finlândia,
  • Dinamarca;
  • Suécia;
  • Luxemburgo;
  • Arábia Saudita;
  • Qatar;
  • Austrália.

Por que tantos países proíbem a Dipirona?

Como você já pôde perceber, a Dipirona é proibida em vários países, incluindo os Estados Unidos, o Japão, e diversas nações da Europa.

Sendo assim, o que explica essa proibição? Para entender a resposta, devemos voltar à década de 60, quando uma grande reviravolta mudou para sempre a história do medicamento.

Nos anos 60, diversos estudos científicos levantaram a possibilidade da aminopirina

– um composto químico muito parecido com a Dipirona – causar agranulocitose, uma doença sanguínea que enfraquece o sistema imunológico com a redução dos glóbulos brancos, as células de defesa do corpo.

Com a publicação destes estudos, as agências reguladoras de vários países recomendaram a proibição da venda da Dipirona, e por isso, o medicamento deixou de ser encontrado nas farmácias e nos hospitais destas nações.

Quando os Estados Unidos proibiram a Dipirona?

Os Estados Unidos confirmaram a proibição da Dipirona em 1977, após mais uma década de estudos sobre a eficácia (e os perigos) do medicamento. O remédio foi retirado das farmácias americanas no mesmo ano, e a partir daí, deixou de ser vendido em todo o país.

Na mesma época, vários países seguiram o exemplo da Food and Drug Administration (FDA), a agência reguladora americana que pediu a retirada da Dipirona do mercado.

Ainda na década de 70, países como Reino Unido e Japão também decidiram proibir a venda da Dipirona nos seus territórios.

Evidências mais modernas contradizem os estudos

Mais recentemente, estudos científicos apontaram contradições nas pesquisas que resultaram na proibição da Dipirona nos Estados Unidos e em vários outros países.

Uma dessas pesquisas – considerada o levantamento mais importante da área – foi o “Estudo Boston”. Realizado em 8 países (Israel, Alemanha, Itália, Hungria, Espanha, Bulgária e Suécia), o estudo provou que, a cada 1 milhão de pessoas que utilizam a Dipirona, somente 1,1 desenvolviam condições relacionadas à agranulocitose.

Em termos mais práticos, apesar do uso da Dipirona ser realmente associado a essa doença sanguínea, a quantidade de pessoas que passam a sofrer com essa condição em decorrência do uso do medicamento é, em via de regra, irrisória.

Por isso, com a publicação do novo estudo, alguns países voltaram atrás e decidiram pela retomada das vendas da Dipirona em seus territórios.

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Por que a Dipirona nunca foi proibida no Brasil?

A Dipirona é um medicamento proibido em diversos países. Mas o Brasil, por outro lado, nunca optou pela proibição do remédio.

Sendo assim, o que pode explicar a diferença entre a perspectiva brasileira, e a opinião das agências reguladoras de outras nações?

A resposta é bastante simples! Em meados dos anos 2000, um grupo de cientistas da América Latina – grupo este que incluiu vários pesquisadores brasileiros – realizou uma bateria de estudos e avaliações sobre a eficácia, os benefícios e os malefícios da Dipirona.

Os estudos concluíram o que muita gente já desconfiava: a taxa de agranulocitose em indivíduos que usam o medicamento com frequência é muito baixa.

Com isso, os cientistas entenderam que o risco de agranulocitose com o uso da Dipirona é “mínimo”, parecido com o de outros medicamentos que também são vendidos no mercado nacional.

Por isso, a Dipirona nunca chegou a ser proibida no Brasil. Pelo contrário: em nosso país, o medicamento se estabelece como um dos remédios mais populares.

Finalmente, é importante lembrar que, apesar da Dipirona ser um medicamento relativamente seguro, não é recomendado utilizá-lo sem orientação médica. A automedicação, definitivamente, não é uma boa ideia!

Nos Estados Unidos, como citamos anteriormente, a Dipirona é completamente proibida. A falta de medicamentos do tipo no mercado, inclusive, é apontada como um dos motivos “crise dos opioides” no país. Confira o vídeo abaixo para saber mais sobre esse grave problema!

Confira cinco itens inusitados usados como remédio

Antigamente, enquanto a medicina ainda avançava, era comum que os médicos ou pessoas com crendices de épocas passadas acreditassem que alguns itens inusitados poderiam servir como remédio. Confira:

  1. Álcool: ironicamente, quem descobriu o álcool foram os árabes, que não fazem uso de bebida devido à religião. No começo, o líquido era utilizado para diluir outros medicamentos, como chás;
  2. Refrigerante: a invenção de 1886 era utilizada para ajudar no tratamento de dores de cabeça, mas que continha extrato de cocaína, xarope e água carbonizada;
  3. Cocaína: e por falar nela, por possuir uma ação rápida e poderosa, era utilizada para tratar dores, como as de dente. Inclusive, já foi até utilizada para tratar vício em heroína;
  4. Heroína: por incrível que pareça, ela também servia como remédio no começo, por ser mais potente que a morfina no tratamento de dores insuportáveis;
  5. Radiação: por fim, outro item muito bizarro e comum na época para rejuvenescimento, cura do câncer e ganho de energia era a radiação. A descoberta de sua periculosidade surgiu quando houve mortes por tumores múltiplos que desfiguraram quem a utilizava.
Alexandre Guglielmelli

Formado em Jornalismo pela PUC-Minas, campus Coração Eucarístico. Atua no segmento de jornalismo digital, redação e produção de conteúdo para a internet desde 2017.

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Alexandre Guglielmelli

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