Entenda o que muda com uma nova decisão do STF sobre o cálculo de rendimento do FGTS

A TR do FGTS é calculada mensalmente pelo Banco Central e afeta o rendimento da poupança.

Em meio a um cenário econômico repleto de incertezas e desafios, uma nova decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) promete trazer mudanças significativas para milhões de trabalhadores brasileiros. Se você possui saldo no Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), prepare-se: o rendimento dessa reserva pode sofrer alterações em breve. Mas o que exatamente está em jogo? Acompanhe os próximos parágrafos e descubra!

Entenda o que muda com uma nova decisão do STF sobre o cálculo de rendimento do FGTS
A proposta visa igualar o rendimento do FGTS ao da poupança, substituindo a fórmula atual. Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / pronatec.pro.br

O que pode mudar no FGTS?

No último dia 18 de outubro, o STF estava prestes a deliberar sobre uma questão crucial: a forma como o rendimento do FGTS é calculado. No entanto, a decisão foi postergada para o próximo mês, deixando muitos trabalhadores em expectativa. Atualmente, o cálculo do rendimento do FGTS é baseado em uma fórmula que combina a Taxa Referencial (TR) com um acréscimo anual de 3%. Isso significa que, anualmente, o saldo do FGTS de cada trabalhador é corrigido monetariamente com base nessa taxa.

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Mas, o que essa possível decisão do STF pode alterar? A proposta em análise sugere uma mudança na fórmula de cálculo. Em vez do acréscimo de 3% ao ano sobre a TR, a nova proposta sugere um acréscimo de 6%. Essa alteração tem como objetivo equiparar o rendimento do FGTS ao índice de remuneração da poupança, tornando a conta do FGTS mais rentável para os trabalhadores.

Essa mudança é vista por muitos como necessária, especialmente considerando a defasagem contínua do FGTS em relação à inflação. Nos últimos tempos, a TR manteve-se praticamente estática, o que resultou em perdas significativas para aqueles que possuem saldo no FGTS. Assim, se a proposta for aprovada, os trabalhadores poderão contar com um saldo mais rentável e resistente às oscilações inflacionárias.

Cálculo da TR

Mas, como é definida a TR? Essa taxa é calculada mensalmente pelo Banco Central (BC), que leva em consideração o rendimento médio dos Certificados de Depósitos Bancários (CDBs). Esse índice é utilizado tanto para ajustar o rendimento da poupança quanto o do FGTS. No mês anterior, a TR foi fixada em 0,11%, e o acumulado do ano chegou a 1,61%. Com a proposta em análise, o acréscimo sobre essa taxa passaria de 3% para 6%, mitigando o impacto da inflação sobre os valores depositados no FGTS.

Vale ressaltar que, no último ano, a inflação alcançou 6,34%, um número bastante elevado quando comparado ao rendimento atual do FGTS. Esse descompasso gerou inquietações entre os trabalhadores, que veem o poder de compra de seus investimentos sendo corroído pela inflação.

Por isso, a decisão do STF sobre o cálculo de rendimento do FGTS tem o potencial de trazer benefícios significativos para os trabalhadores. A proposta de alteração busca garantir que o saldo do FGTS seja corrigido de forma mais justa, protegendo o poder de compra dos trabalhadores e garantindo que seus investimentos não sejam tão afetados pela inflação. Agora, resta aguardar a decisão final da suprema corte e torcer para que os interesses dos trabalhadores sejam priorizados.

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