NÃO ECONOMIZOU! Shein dá RECADO DIRETO ao governo após taxação sobre produtos
Em papo com a imprensa, presidente da Shein revela informações importantes sobre a taxação dos produtos da empresa! Saiba tudo sobre o recado.
Taxação da Shein? Em meio à polêmica sobre a tributação de compras em plataformas internacionais de e-commerce, o presidente da empresa finalmente se pronuncia sobre o assunto. Em um papo recente com a imprensa, o representante da companhia fez grandes revelações sobre a perspectiva da plataforma em relação à taxação dos produtos – mandando também um recado importante para o Governo Federal.
Desde o início do ano, as compras em plataformas internacionais de e-commerce são alvos de controvérsia e debates entre os representantes do Governo e da sociedade civil. Por isso, muitas pessoas ainda compartilham dúvidas sobre a potencial taxação desse tipo de operação. Com isso em mente, confira abaixo tudo que o presidente da Shein disse sobre o assunto, e entenda o recado que o executivo mandou para União.

Saiba mais sobre a Shein!
Criada na China, a Shein é, atualmente, uma das mais populares plataformas de e-commerce de todo o mundo. Hoje em dia, o aplicativo atua em (quase) todos os países e em todos os continentes, sem exceção.
No Brasil, o aplicativo foi um dos principais responsáveis por popularizar o modelo “fast-fashion”, cheio de roupas acessíveis e de muito estilo.
Só no ano passado, por exemplo, a Shein movimentou cerca de 30 bilhões de dólares com vendas no mundo todo.
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Quais são as plataformas de e-commerce mais populares do Brasil?
As regras sobre a taxação de compras internacionais não valem apenas para a Shein, mas também para todas as plataformas de e-commerce que vendem produtos para os brasileiros – sejam eles importados ou nacionais.
Nesse sentido, surge a dúvida: afinal de contas, quais são as plataformas de e-commerce mais populares do Brasil? Abaixo, você pode conferir a lista completa:
- Shein (www.shein.com);
- Shopee (www.shopee.com);
- Wish (www.wish.com);
- AliExpress (www.aliexpress.com);
- Mercado Livre (www.mercadolivre.com.br);
- OLX (www.olx.com.br);
- Shopify (www.shopify.com);
- Tray (www.tray.com);
- Magalu (www.magalu.com.br);
- Nuvemshop (www.nuvemshop.com).
Presidente da Shein fala sobre a taxação dos produtos
Em papo recente com o site Poder360, Marcelo Claure, o presidente da Shein para a América Latina, fez grandes revelações sobre a opinião da empresa quanto à taxação de seus produtos internacionais.
Surpreendentemente, Claure afirmou que a plataforma de e-commerce vai aderir a qualquer imposto federal que o Governo decidir cobrar sobre as transações no aplicativo – independente do valor.
Com a declaração, o executivo deixa bem claro que o Brasil se estabelece como um dos maiores mercados mundiais da Shein, e que a empresa não está disposta a abandonar o público nacional simplesmente para não ter que pagar impostos.
“Obviamente, vamos seguir as regras do Governo”, explicou Claure.
Atualmente, o Ministério da Fazenda estuda a adoção de um eventual imposto federal para compras internacionais abaixo de 50 dólares. Até o momento, esse tipo de operação não exige o pagamento de impostos – apenas em situações nas quais os produtos são enviados e recebidos por pessoas físicas.
Taxação da Shein vai aumentar o valor dos produtos?
Questionado sobre a possibilidade da taxação aumentar o valor dos produtos da Shein, Marcelo Claure salientou que a cobrança de impostos, diferentemente do que indica parte da imprensa, não será realizada apenas na plataforma.
“O imposto não é só para a Shein, mas para todas as outras plataformas de e-commerce (…) vai depender do quanto de imposto o governo decidir cobrar”, disse o executivo.
Nesse sentido, com a adoção de uma mesma taxa de imposto para todas as varejistas internacionais, a competitividade atual da categoria será mantida.
Shein terá fábrica no Brasil!
Na entrevista, Marcelo Claure elogiou o diálogo entre as plataformas de e-commerce e o Governo Federal. Segundo ele, a Shein mantém uma relação “constante” com a União, tanto com contatos com o presidente Lula, quanto com interações com Fernando Haddad, o ministro da Fazenda.
Essa relação bastante amistosa resulta na criação das primeiras fábricas da Shein no Brasil, o que deve resultar na geração de 100 mil vagas de emprego, e na injeção de consideráveis recursos na economia nacional.
“Apresentamos nosso plano de crescimento tanto para o presidente Lula, quanto para o ministro Haddad e para outros representantes do governo brasileiro”, disse Claure.
Neste ano, a Shein firmou o compromisso de nacionalizar 85% de sua produção de roupas até 2026. No início de agosto, a plataforma iniciou uma parceria com a Companhia de Tecidos Norte de Minas (Coteminas) e com a empresa Santanense para desenvolver no Brasil uma ampla rede de fabricantes do segmento têxtil.
Nos próximos anos, o objetivo da Shein é abrir mais de 2 mil fábricas no Brasil. A produção nacional de roupas e acessórios não servirá somente para abastecer o mercado interno, mas também para a exportação.
Ou seja: em breve, o Brasil poderá se tornar um polo exportador da fast fashion, o que trará grandes benefícios tanto para os consumidores quanto para os trabalhadores da categoria.
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Apesar da taxação, Brasil é o “queridinho” da Shein
Segundo Marcelo Claure, os executivos chineses que administram a Shein têm grande consideração pelo Brasil, enxergando o país tanto por seu potencial de consumo, quanto pelos investimentos em produção.
O país, desse modo, se estabelece como a primeira nação a contar com o investimento industrial da empresa – além da própria China, é claro.
“É um mercado de inovação para nós. A Shein, antes do Brasil, fabricava 100% de todos os seus produtos fora da China. O Brasil é o 1º mercado fora da China onde a Shein foi fabricar”, esclarece Claure.
No final da entrevista, o presidente da Shein para a América Latina aproveitou para retrucar as críticas de empresas brasileiras que afirmam que as plataformas internacionais de e-commerce praticam “concorrência desleal”.
Segundo o executivo, as críticas são resultado do grande crescimento da Shein, e da popularização dos sites de e-commerce (principalmente os chineses) entre a população nacional.
“A grande taxa competitiva da Shein é seu modelo ágil, modelo diferenciado. Não tem estoque. Não tem inventário. Nós somente fabricamos o que os consumidores querem. A Shein nunca vai ter uma loja permanente. Uma loja permanente significa que você tem que ter inventário, que tem que ter pessoal e que o produto vai sair um pouco mais caro”, conclui o especialista.