Não consegue sentir o CHEIRO do café? CUIDADO! Você pode estar com uma GRAVE DOENÇA
A disfunção olfativa é caracterizada como uma capacidade comprometida ou distorcida de perceber odores.
Pesquisadores observaram que pessoas que apresentavam dificuldades em identificar o cheiro de café, por exemplo, eram mais propensas a desenvolver uma grave doença no futuro. Essa descoberta é de extrema importância, pois pode abrir portas para novas estratégias e tratamentos preventivos que possam retardar ou até mesmo interromper o avanço da mesma.

A pesquisa
A demência é uma doença progressiva que afeta a capacidade cognitiva de um indivíduo, resultando em problemas de memória, dificuldade de raciocínio e alterações comportamentais. Embora a idade avançada seja um fator de risco para o desenvolvimento da demência, estudos recentes têm revelado que a perda do sentido do olfato pode ser um marcador precoce dessa doença debilitante.
A Associação Médica afirma que cerca de 90% dos casos de demência podem ser identificados pelo comprometimento do olfato. Isso ocorre porque o sentido do olfato está diretamente ligado às partes do cérebro responsáveis pela memória e aprendizado. Portanto, quando há disfunção olfativa, pode-se inferir que essas áreas do cérebro também estão sendo afetadas e podem ser futuros alvos da demência.
Um artigo científico divulgado no ano passado na revista Diabetes Research and Clinical Practice chegou à conclusão de que problemas no sentido do olfato podem antecipar o surgimento de demência em indivíduos mais velhos que sofrem de diabetes tipo 2. O propósito deste estudo foi explorar se a disfunção olfativa poderia servir como um indicador precoce de demência em pacientes que têm diabetes. A disfunção olfativa se refere à capacidade prejudicada ou distorcida de detectar odores.
A perda do olfato não deve ser encarada como algo trivial ou inofensivo. É essencial que as pessoas que percebam dificuldades em sentir o cheiro do café, ou de qualquer outro odor, busquem assistência médica o mais rápido possível. A detecção precoce é fundamental para que medidas preventivas e tratamentos adequados sejam implementados, oferecendo uma melhor qualidade de vida para os pacientes.
Além disso, é importante ressaltar que existem outras condições médicas, como infecções, alergias e até mesmo traumatismos que podem causar a perda temporária do olfato. No entanto, se a disfunção olfativa persistir, é fundamental que seja investigada a possibilidade de demência, especialmente em pessoas com histórico familiar da doença.
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Detalhes e resultados
O estudo envolveu 151 indivíduos idosos japoneses com diabetes tipo 2, que não tinham histórico de demência suspeita. A função cognitiva desses participantes foi acompanhada ao longo de um período de cinco anos.
Os testes incluíram nove diferentes odores, como tinta indiana, madeira, perfume, mentol, laranja, curry, gás de cozinha, rosa e hinoki (uma madeira de cipreste japonesa). Além disso, os pesquisadores incorporaram mais três odores para avaliar o senso olfativo: meias com odor de suor, leite condensado e alho assado.
Para cada aroma, os participantes receberam um cartão contendo quatro nomes de odores e duas opções de resposta (desconhecido e não detectado). Eles tinham que escolher a resposta mais apropriada e registrá-la em uma folha de respostas.
Uma pontuação perfeita de 12 pontos indicava que todos os odores foram identificados corretamente, enquanto pontuações mais baixas sugeriam disfunção olfativa. A disfunção foi determinada quando a pontuação era igual ou inferior a sete pontos.
Durante um período de três anos, aproximadamente 9% dos participantes do estudo desenvolveram demência provável. Notavelmente, a obtenção de uma pontuação mais baixa no teste de olfato mostrou uma associação significativa com o subsequente desenvolvimento de demência provável.
Diferentes tipos de demência podem se manifestar de maneiras diversas e apresentar sintomas distintos. No entanto, há alguns sinais precoces comuns que podem surgir antes do diagnóstico, tais como:
- Perda de memória.
- Dificuldade de concentração.
- Desafios na realização de atividades cotidianas conhecidas.
- Dificuldade em acompanhar uma conversa.
- Confusão em relação ao tempo e ao lugar.
- Mudanças de humor.
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