Mais CICLONES estão se formando no Brasil? Por que o fenômeno está se tornando comum?

Os ciclones que se formam no Brasil são extratropicais, iniciam em uma região e avançam pelo território do país. A passagem do fenômeno deixa as localidades em alerta para os riscos de grandes volumes de chuva.

Nos últimos dias se tornou comum ouvir falar dos ciclones nas previsões do tempo para o Brasil, com alertas para temporais, ventanias, chuvas com grandes volumes e riscos de inundações. Em algumas regiões do país os riscos são maiores, com as autoridades pedindo para que a população busque locais seguros para se abrigar durante a passagem do fenômeno.

Diante disto, muitas pessoas ficam com dúvidas sobre o que são os ciclones e o motivo deles estarem se tornando mais frequentes no Brasil. Primeiro precisamos entender como eles se formam, quais são os tipos existentes, qual a diferença entre ciclones, tufões e furacões e as regiões do país que são mais afetadas.

Diante da aproximação de um novo ciclone extratropical, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) estabeleceu o alerta amarelo em 8 estados do Brasil e a Marinha divulgou uma nota de aviso para o risco de ressaca que pode atingir parte do litoral. A seguir vamos esclarecer todas as questões relacionadas ao fenômeno climático.

Mais CICLONES estão se formando no Brasil? Por que o fenômeno está se tornando comum?
As mudanças climáticas e o El Niño fazem os ciclones serem mais intensos e frequentes no Centro-Sul do Brasil. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Entenda a formação do fenômeno

A primeira coisa que precisamos saber é que os ciclones são formados a partir da pressão atmosférica, que é maior no nível do mar e diminui de acordo com a altitude. Sabendo disso, os ciclones são sistemas de baixa pressão atmosférica, o que causa regiões de tempo adverso. Eles fazem com que o ar quente e úmido da superfície suba para atmosfera, gerando a formação de nuvens.

Existem basicamente três tipos diferentes de ciclones, são eles: extratropical, tropical e subtropical. Os extratropicais são formados pelo contraste de temperaturas de massas de ar quente e fria em latitudes médias. Os tropicais são os furacões e tufões que surgem no oceano e extraem o calor das marés em regiões equatoriais. Os subtropicais se desenvolvem no oceano diante de temperaturas da superfície do mar mais aquecidas.

Apesar da menção aos ciclones causar um certo temor em boa parte da população brasileira, os meteorologistas afirmam que eles são mais comuns do que se imagina.

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Ciclones extratropicais no Brasil

No Brasil os ciclones que mais ouvimos falar são os extratropicais, que acontecem tradicionalmente no verão, mas que também pode ser formados durante o inverno. Eles são característicos na região Sul do Brasil e avançam pelo Sudeste do país, tornam-se mais comuns diante do avanço do El Niño pelo país, que aumenta as temperaturas e gera o contraste das massas de ar frias e quentes.

É normal ter ciclones nesta época do ano, no entanto eles ficam ainda mais frequentes e intensos também por causa das mudanças climáticas. Dessa formas, as consequências são mais extremas, com chuva, tempestades, períodos de estiagem, ondas de frio e de calor potencializadas e ocorrendo cada vez mais.

A passagem dos ciclones extratropicais favorece grandes pancadas de chuva, rajadas de vento, ondas com maior altitude, seguidas da queda de temperatura. Os estados mais afetados pelo fenômeno costumam ser o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul.

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