Doença do apresentador Faustão afeta mais de 2 milhões de brasileiros; aprenda a reconhecer os sinais

Reconhecendo os sinais da insuficiência cardíaca; uma análise da doença do apresentador Faustão e seu impacto no Brasil

O renomado apresentador brasileiro, Fausto Silva, popularmente conhecido como Faustão, encontra-se hospitalizado em um centro médico em São Paulo devido a um quadro de uma doença conhecida como insuficiência cardíaca. Esse distúrbio compromete a capacidade do coração em suprir as necessidades do corpo, acarretando em uma série de sintomas e alterações no fluxo sanguíneo. 

Para saber melhor sobre esta doença, vamos explorar no decorrer do texto os sintomas e causas dessa condição. Além disso, vamos entender os diferentes estágios da insuficiência cardíaca e opções de tratamento disponíveis.

Doença do apresentador Faustão afeta mais de 2 milhões de brasileiros; aprenda a reconhecer os sinais
Conheça a doença cardíaca que afeta milhões de brasileiros. Foto: divulgação

Reconhecendo os sinais da insuficiência cardíaca

A insuficiência cardíaca apresenta uma gama diversificada de sintomas que podem variar em intensidade e manifestação. Entre os indicadores mais frequentes estão a falta de ar, fadiga persistente e acúmulo de fluidos nas pernas, resultando em inchaço. 

Para aqueles cujo problema se encontra no lado direito do coração, o inchaço nas pernas é mais notável, enquanto no lado esquerdo os sintomas se manifestam por meio de exaustão e dificuldades respiratórias durante atividades físicas. Além disso, a presença de palpitações e dor no peito durante a prática de exercícios também é um sinal importante.

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Explorando as causas da doença

A insuficiência cardíaca pode ter origens variadas, sendo provocada por fraquezas ou endurecimento do músculo cardíaco, doenças cardíacas, toxinas, distúrbios genéticos, entre outras condições. Inclusive, infecções como a provocada pela Covid-19 podem desencadear miocardites e contribuir para o desenvolvimento da insuficiência cardíaca. As possíveis causas vão desde isquemias e infartos até pressão arterial elevada e distúrbios valvulares.

Os estágios da doença

De acordo com o Colégio Americano de Cardiologia e a Associação Americana do Coração a insuficiência cardíaca pode ser categorizada em quatro estágios progressivos. Sendo assim, confira a descrição de cada um:

  • Estágio A — Indivíduos em risco: aqueles com fatores de risco como hipertensão, diabetes e histórico familiar de cardiomiopatia.
  • Estágio B — Pré-insuficiência: pessoas com doença cardíaca estrutural ou outros fatores de risco, mas sem sintomas evidentes.
  • Estágio C — Insuficiência cardíaca sintomática: sintomas de insuficiência cardíaca estão presentes.
  • Estágio D — Insuficiência cardíaca avançada: sintomas interferem nas atividades diárias e levam a hospitalizações frequentes.

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Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico inicia com a análise dos sintomas relatados pelo paciente, seguida de um exame físico minucioso. Testes como a ausculta cardíaca para detectar sopros e exames de imagem, incluindo ecocardiograma e raio-X de tórax, são conduzidos para identificar as causas subjacentes da insuficiência. 

O tratamento varia conforme a gravidade e as causas específicas, englobando alterações na dieta e estilo de vida, medicamentos como vasodilatadores e diuréticos, dispositivos implantáveis como o cardioversor desfibrilador, até mesmo transplante cardíaco em casos extremos.

Prevenção e cuidados

O cardiologista Marcelo Ferraz salienta a importância de tratar causas subjacentes, como a hipertensão, e adotar medidas preventivas como redução do peso, consumo controlado de sal, alimentação balanceada, gerenciamento do estresse e prática de exercícios físicos regulares. Estas ações podem contribuir significativamente na prevenção e no manejo da insuficiência cardíaca.

O impacto desta doença no Brasil

Um estudo epidemiológico publicado no Brazilian Medical Students Journal, em 2022, revelou que entre 2015 e 2020 ocorreram 1,21 milhão de internações por insuficiência cardíaca, resultando em 134,7 mil óbitos no Brasil. O perfil da doença indica maior prevalência em homens, pessoas de raça branca e um aumento progressivo da incidência com a idade. Surpreendentemente, os óbitos foram mais frequentes em mulheres idosas e de raça branca.

Por fim, a história do apresentador Faustão trouxe à tona a relevância de compreender os sinais e tratamentos da insuficiência cardíaca. Sendo assim, ao reconhecer os sintomas, conhecer as etapas da condição e adotar medidas preventivas, podemos enfrentar essa doença de maneira mais informada e eficaz. Com o envelhecimento da população e a prevalência de fatores de risco, a conscientização sobre a insuficiência cardíaca torna-se crucial para proteger a saúde cardíaca de milhões de brasileiros.

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