O DINHEIRO físico está ACABANDO no Brasil? É culpa do PIX?

Desde o seu lançamento em 2020, o Pix tem ganhado cada vez mais espaço e se tornou o meio de pagamento mais utilizado pelos brasileiros no ano passado

Nos últimos anos, o Pix tem se consolidado como um serviço de destaque no mercado financeiro brasileiro. O Banco Central divulgou recentemente registros recordes de transações realizadas por meio do Pix. Foram dois dias consecutivos de números impressionantes.

Com a digitalização do sistema financeiro, é natural surgirem dúvidas sobre o futuro do dinheiro físico. Afinal, a utilização de notas para realizar compras de bens e serviços tem se tornado cada vez mais rara. Mesmo antes do surgimento do Pix, o uso frequente dos cartões de crédito e débito já mostravam essa diminuição no dinheiro físico nas carteiras.

O DINHEIRO físico está ACABANDO no Brasil? É culpa do PIX?
O Pix tem conquistado cada vez mais destaque na economia brasileira, registrando recordes recentes. Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / pronatec.pro.br

Recordes de transações via Pix

Os recordes consecutivos de transações via Pix foram registrados nos dias 6 e 7 de julho, com 129,4 milhões e 134,8 milhões de transações, respectivamente. Esses números foram anunciados pelo Banco Central no início desta semana.

Além dos impressionantes números diários, o Banco Central também divulgou que, somente no mês de julho, foram realizadas 2,86 bilhões de transferências por meio do sistema instantâneo. Sendo assim, estabeleceu mais um resultado histórico para o serviço financeiro.

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Aumento da circulação de dinheiro físico

Entretanto, contrariando algumas percepções, a circulação de dinheiro físico no Brasil tem aumentado nos últimos anos. De acordo com dados do Banco Central divulgados pela CNN, a quantidade de dinheiro físico em circulação no país passou de R$ 280 bilhões para R$ 340 bilhões entre 2019 e 2021.

Um dos fatores que contribuem para esse aumento é a existência de programas sociais do Governo Federal que incentivam o uso do dinheiro físico. Apesar da disponibilidade de plataformas digitais, nem todos os cidadãos possuem acesso à internet ou dispositivos para realizar transações bancárias. Além disso, as pessoas mais velhas que não possuem acesso ao conhecimento digital, também preferem o dinheiro físico.

Sendo assim, programas como o Bolsa Família, que atende mais de 20 milhões de brasileiros mensalmente com um valor mínimo de R$ 600, e outros benefícios sociais, como o Auxílio Gás e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), ainda são pagos em espécie.

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O futuro do dinheiro físico e do Pix

Embora o Pix tenha conquistado uma enorme adoção e se tornado uma opção popular para transações financeiras, é importante reconhecer que o dinheiro físico ainda desempenha um papel significativo na economia brasileira. Os programas sociais e a falta de acesso à internet por parte de certos grupos de pessoas continuam a sustentar a demanda pelo dinheiro em espécie.

Portanto, embora o Pix esteja transformando a forma como as transações são realizadas no Brasil, o dinheiro físico ainda está presente e desempenha um papel importante no cenário financeiro. O futuro pode trazer uma redução gradual da circulação de notas e moedas, mas é improvável que desapareça completamente no curto prazo, especialmente devido às necessidades e realidades de certos setores da sociedade.

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