Corte no Bolsa Família pode gerar lucro de R$ 10 MILHÕES: para onde vai esse dinheiro?

Dinheiro pode ser redirecionado para o Orçamento de 2023 e, com isso, o Governo Federal terá mais liberdade para novas medidas. Veja!

Grande parte dos brasileiros já estão cientes do pente-fino que levará a cortes nos cadastros do Bolsa Família. Através desta ação, o Governo Federal estima que será capaz de garantir uma economia de R$ 10 bilhões aos cofres públicos. Essa redução poderá ser redirecionada para outras faces do Orçamento de 2023.

Além de assegurar que as parcelas do programa social sejam distribuídas somente a quem de fato tem direito, o pente-fino do Bolsa Família é uma das abordagens do Governo Federal para tentar conter gastos e melhorar o uso da verba pública. Dessa forma, espera-se ter um maior controle das despesas e receitas.

Nesse sentido, acredita-se que, do total de R$ 10 milhões de lucro gerado pelo corte de cadastros inválidos no Bolsa Família, a medida também seja capaz de promover a economia de mais R$ 3 bilhões. A verba é referente ao adicional de R$ 150 para crianças pequenas de até 6 anos, tendo em vista que o extra só começa a ser pago a partir de março.

Corte no Bolsa Família pode gerar lucro de R$ 10 MILHÕES: para onde vai esse dinheiro?
Estratégia do Governo Federal pode gerar bons resultados. (Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / pronatec.pro.br).

Corte no Bolsa Família

Em outras palavras, trata-se do pente-fino realizado pelo Governo Federal nos cadastros do programa social. A ação utilizará como base os dados do Cadastro Único (CadÚnico), que passarão por uma revisão integral. Para quem não conhece, o sistema atua como um banco de dados que reúne informações sobre a população de baixa renda e as redireciona a iniciativas sociais.

Há indícios de que o CadÚnico não funcionou como deveria nos últimos anos, sobretudo durante a vigência do Auxílio Brasil, que substituiu o Bolsa Família no Governo Bolsonaro. Foi adotada a regra que limita a concessão do benefício apenas ao responsável do grupo familiar, o que também gerou um aumento fora do normal de famílias unipessoais.

Dessa forma, hoje em dia, o Cadastro Único conta com mais de 40 milhões de famílias inscritas. Desse total, cerca de 10 milhões possuem irregularidades nos dados cadastrais. Além disso, considerando essa margem, cerca de 2,5 milhões de famílias estão sendo investigadas pelo pente-fino do Bolsa Família por suspeita de fraude.

A princípio, o pente-fino do Bolsa Família deve durar dois meses. Dessa forma, sua execução acontecerá de fevereiro a março. O objetivo nada mais é do que assegurar que os atuais beneficiários realmente estejam de acordo com os critérios de elegibilidade. Para tal, o foco também será voltado à revisão dos cadastros de quase seis milhões de famílias unipessoais.

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Evite cair no pente-fino

Independentemente de quais regras serão ou não consideradas na nova versão do programa proposta pela atual gestão, sabe-se que a averiguação levará em consideração, sobretudo, os dados cadastrais fornecidos ao CadÚnico.

De modo geral, a família que deseja se inscrever no CadÚnico deve apresentar uma renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa, ou seja, R$ 651,00. Ou ainda, cerca de três salários mínimos como renda familiar, isto é, R$ 3.906,00.

Nesse sentido, se o grupo familiar se enquadrar nas condições solicitadas, é preciso apenas procurar o Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) mais próximo, situado no município em que reside. Por fim, vale ressaltar que comumente os municípios possuem mais de uma unidade espalhada pela cidade, com o objetivo de atender melhor cada região.

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